A prestação da casa paga ao banco vai aumentar em dezembro para todos os contratos indexados à Euribor que sejam revistos nesse mês, mas a subida abrandou face ao observado em novembro, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.
Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a 12 meses e com um “spread” (margem de lucro do banco) de 1%, vai pagar a partir de dezembro 807,25 euros, contra os 701,33 euros que pagou neste último ano.
A subida de 105,92 é, ainda assim, inferior à observada para os contratos indexados à Euribor a 12 meses (com as características consideradas nesta simulação) que renovaram no início de novembro e viram a prestação agravar-se em 135,55 euros.
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a seis meses, o cliente passa a pagar mais 34,87 euros do que paga desde junho. .
Já no que diz respeito aos empréstimos indexados à Euribor a três meses, a prestação da casa — para as condições referidas — aumenta em dezembro para 802,67 euros, refletindo uma subida de 17,48 euros mensais face à última revisão, em setembro.
Também nestes dois prazos (seis e três meses) o agravamento da prestação é inferior ao registado nos contratos que renovaram em novembro, devido ao abrandamento da subida das Euribor.
Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de novembro, tendo sido a seis meses de 4,065%, a três meses de 3,972% e a 12 meses de 4,022%.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras Banco Central Europeu (BCE).
Após vários anos em terreno negativo, as Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro.
Desde julho de 2022, o BCE aumentou as taxas diretoras 10 vezes consecutivas, tendo interrompido pela primeira vez este ciclo de subidas na sua reunião de 26 de outubro, deixando as taxas inalteradas.
Assim, a taxa de depósitos permanece em 4%, o nível mais alto registado desde o lançamento da moeda única em 1999, enquanto a principal taxa de juro de refinanciamento fica em 4,5% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez permanece em 4,75%.
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