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Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um ‘spread’ (a margem de lucro do banco) de 1%, paga a partir deste mês 447,54 euros, o que traduz uma descida de 19,71 euros face à última revisão em julho.
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições, mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 446,29 euros, menos 3,09 euros do que começou a pagar na última revisão, em outubro.
Desde abril que milhares de famílias não estão a pagar o crédito à habitação, fazendo uso do decreto-lei do Governo que permite moratórias nos créditos à habitação por seis meses, com suspensão dos pagamentos das prestações (juros e capital) até 30 de setembro, prazo que, entretanto, foi estendido até 31 de março de 2021.
Um diploma entretanto publicado e com produção de efeitos a 01 de janeiro de 2021 veio permitir a adesão às moratórias até 31 de março, não podendo o período de aplicação das medidas exceder os nove meses contados da data de comunicação da adesão.
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Este limite dos nove meses contempla eventuais períodos que já tenham estado cobertos por moratória.
As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.
Em dezembro, a média da taxa Euribor a seis meses foi de -0,519% e a média da taxa a três meses de -0,538%.
As taxas Euribor estão em terreno negativo desde 2015 e a expectativa é que se mantenham negativas ou perto de 0% nos próximos anos devido sobretudo à política de estímulos monetários do Banco Central Europeu (BCE), o que tem impacto positivo nos créditos bancários, que estão mais baratos.
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