A procura por obrigações da Mota-Engil atingiu 191,47 milhões de euros, superando a oferta, de 140 milhões de euros, em 51,47 milhões de euros. Em comunicado, a Mota-Engil informa que os resultados “evidenciam o sucesso da emissão obrigacionista, tendo alcançado uma forte procura no valor de 191.469.000 de euros, um rácio de 1,36 vezes sobre o valor final da emissão (e 2,55 vezes o valor inicial de 75 milhões de euros)”.
No documento, a construtora destaca “o facto de só o segmento geral (retalho) ultrapassar o valor total da emissão, com 6.558 investidores a apresentarem uma procura representativa de 146.469.000 de ordens realizadas (rácio de 1,54 vezes para o valor atribuído a retalho)”.
Quanto ao resultado da Oferta Pública de Troca (OPT) sobre Obrigações Taxa Fixa Mota-Engil Julho 2015/Fevereiro 2020 e de Obrigações Mota-Engil 2018/2021, a construtora informa que esta opção mereceu ordens no total de 23.280.000 euros, “alargando assim os investidores atuais deste segmento a sua maturidade a dívida emitida pela Mota-Engil”.
A empresa adianta que, “no seu conjunto, a emissão de obrigações, com prazo de maturidade de 5 anos, cumpriu com todos os objetivos estabelecidos, permitindo ao Grupo Mota-Engil refinanciar a sua atividade, diversificando fontes de financiamento, otimizando o custo médio e alargar a maturidade da dívida”.
A Mota-Engil recorda que a operação, no valor total de 140 milhões de euros, teve como valor inicial 75 milhões de euros, mas a “forte procura evidenciada logo na primeira semana”, levou a empresa a “aumentar o valor de forma substancial para acomodar o interesse do mercado”.
A construtora adianta que a operação contou com a Caixa BI, Haitong, Finatia e Novo Banco como coordenadores globais, e com um “sindicato de colocação muito alargado”, incluindo o Activo Bank, EuroBic, Banco Carregosa, Finantia, Banco Invest, Bankinter, Banco Best, Banco BIG, Caixa Geral de Depósitos, Crédito Agrícola, Haitong, Millennium BCP, Banco Montepio e Novo Banco, tendo como assessores jurídicos a sociedade Vieira de Almeida (VdA).
O prazo para a subscrição terminou na sexta-feira, dia 25 e a oferta pública de subscrição, destinada a investidores de retalho, começou em 14 de outubro.
As obrigações têm uma taxa fixa de 4,375% e maturidade em outubro de 2024.
Aquando do anúncio da operação, em 10 de outubro, a construtora indicou que cada nova obrigação será reembolsada em duas prestações: em 30 de outubro de 2023 e em 30 de outubro de 2024.
A Mota-Engil anunciou também, naquela data, o lançamento de duas ofertas públicas de troca (OPT) de obrigações relativas a títulos emitidos pela construtora em 03 de julho de 2015 (num total de 65,94 milhões de euros) e em junho de 2018 (num total de 25 milhões de euros).
Estas operações de troca permitirão aos detentores de títulos já emitidos pela Mota-Engil subscrever as novas obrigações, através da entrega das anteriores.
Por cada obrigação Mota-Engil 2020, a contrapartida oferecida no âmbito da respetiva Oferta Pública de Troca correspondeu, sujeita a impostos, comissões e outros encargos, a uma obrigação Mota-Engil 2024 com o valor nominal unitário de 500 euros e um prémio em numerário no valor de 5,04 euros, informou a construtora na altura.
Já para cada obrigação Mota-Engil 2021, a contrapartida correspondeu a 20 obrigações Mota-Engil 2024 com o valor nominal unitário de 500 euros e um prémio em numerário no valor de 169 euros.
A Mota-Engil adiantou que, com as ofertas, visava “obter fundos para financiar a sua atividade corrente e de expansão internacional, bem como dar prosseguimento à estratégia de alongamento de maturidade da sua dívida, de modo a alinhá-la melhor com a geração de ‘cash-flow’”.
O objetivo foi também “substituir parte da dívida com vencimento em 2020 e em 2021 por dívida com reembolsos de capital em 2023 e 2024”.
Fundado em 1946, o Grupo Mota-Engil está presente em 28 países, repartidos por três áreas geográficas (Europa, África e América Latina), entre os quais Brasil, Angola e Moçambique.
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