//Produção industrial cai quase 30% na UE em comparação com o ano passado

Produção industrial cai quase 30% na UE em comparação com o ano passado

A produção industrial na União Europeia caiu quase 30% em abril, face ao mesmo mês do ano passado. A redução foi de 28,0% na Zona Euro e de 27,2% no total da UE, segundo as estimativas divulgadas nesta sexta-feira pelo gabinete de estatística europeu.

Em termos mensais, a queda foi de 17,1% entre os países da moeda única e de 17,3% entre os 27 Estados-membros face a março.

O Eurostast aponta as medidas tomadas para conter a pandemia de Covid-19 como principal causa das quebras, dado o “impacto significativo na produção industrial”.

“São as maiores quedas mensais registadas desde o início da série, significativamente superior às quedas de 3% a 4% observadas no final de 2008 e no início de 2009 durante a crise financeira”, refere o gabinete de estatística.

E são também “as maiores quedas anuais registradas desde o início da série, superando os -21,3% no observada em abril de 2009 na área do euro e -20,7% na UE”.

“No geral, a produção industrial na área do euro e na União Europeia caiu para níveis vistos pela última vez em meados dos anos 90”, indica o gabinete de estatística.

Os países com maiores quedas, na comparação homóloga (mesmo período do ano passado), foram o Luxemburgo (-43,9%), Itália (-42,5%) e Eslováquia (-42,0%).

O único aumento foi observado na Irlanda (+ 5,5%).

Em Portugal, a produção industrial caiu 26,5% na variação homóloga e 18,2% face a março.

Nesta comparação com o mês anterior, as maiores reduções verificaram-se na Hungria (-30,5%), na Roménia (-27,7%) e na Eslováquia (-26,7%).

Em termos de setores, e ainda na comparação mensal em toda a União Europeia, a produção de bens de consumo duráveis caiu 27,8%, os bens de capital 27,3%, os bens intermediários, 14,9%, bens de consumo não duráveis em 10,7% e energia em 5,0%.

Já comparando com abril do ano passado, a produção de bens de consumo duráveis caiu 45,4%, bens de capital 40,8% e bens intermediários 23,6%, bens de consumo não duráveis em 12,5% e energia em 12,4%.

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