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Produtores de vinho portugueses “desapontados” com manutenção da tarifa de 15%

Está confirmado: os vinhos e derivados portugueses não estão entre as exceções no decreto executivo do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinado a 31 de julho.

O acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos sobre as tarifas, agora divulgado, mantém os 15% sobre as bebidas alcoólicas.

Ana Isabel Alves, diretora executiva da Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal (ACIBEV), lamenta que não tenha sido garantida a isenção da taxa alfandegária para o vinho e derivados. “O setor do vinho português obviamente que ficou desapontado”, explica, em declarações à Renascença.

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Ainda assim, Ana Isabel diz que ainda confia num entendimento a médio prazo: “Não perdemos a esperança de ainda ser incluído, ou numa tarifa zero ou numa lista de tarifas mais favoráveis”.

O comissário europeu do Comércio e Segurança Económica, Maroš Šefčovič, deixou a porta aberta a novas negociações e à inclusão de mais produtos neste acordo.

O agravamento das taxas alfandegárias já prejudica as exportações portuguesas para os Estados Unidos desde o início do ano, segundo a diretora da ACIBEV, e não são o único fator. “Em cima das tarifas, temos a desvalorização do dólar, também na casas dos 15%, e um outro fenómeno que já se verifica nos últimos dois anos, uma diminuição do consumo do vinho nos EUA”, diz.

Os produtores de vinho nacionais estão “preocupados”, acrescenta Ana Isabel Alves, até porque “os Estados Unidos são um dos principais mercados de exportação do vinho nacional”.

Antes de Donald Trump assumir a presidência a taxa alfandegária sobre o vinho era residual, em fevereiro foi anunciado um aumento para 25% e o Presidente norte-americano chegou mesmo a ameaçar com uma tarifa de 200%. A 7 de agosto passou a ser cobrada uma taxa de 15% sobre o vinho, que não é alterada pelo acordo agora conhecido entre UE e EUA.

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