A Comissão de Proteção de Dados quer que seja elaborado um estudo sobre as informações recolhidas pelos contadores digitais de eletricidade, os chamados contadores inteligentes.
Segundo a Comissão, a informação recolhida por estes equipamentos pode ter um impacto significativo na vida privada dos clientes, por isso defende que seja analisado o tratamento dos dados e das medidas de proteção.
Através da informação que é registada, podem ser deduzidos outros dados, como o número de habitantes, a frequência com que se encontram em casa ou que eletrodomésticos utilizam. São bases de dados massivas que permitem criar perfis dos moradores.
A Comissão admite que além do risco de discriminação, através do preço a cobrar pela distribuição e fornecimento de energia, estes dados podem conduzir ao marketing adaptado, risco de utilização indevida de informação, de venda da informação e ainda de utilização para investigação criminal.
O principal objectivo dos chamados contadores inteligentes é acabar com as estimativas nas faturas de eletricidade, ao permitir a comunicação automática das leituras, à distância. Na maioria do território nacional, a responsável pela instalação é a EDP Distribuição, sob supervisão da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Em entrevista à RR, há uma semana, a presidente da ERSE, Cristina Portugal, afirmou existirem já 2,5 milhões de contadores inteligentes instalados em Portugal, dos quais “uma parte significativa” já ligados a sistemas de comunicação. Mas não garantiu que será cumprido o prazo dado pelo regulador, que quer que todos os consumidores estejam a pagar o consumo real no próximo ano.Ver fonte
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