//Protocolo para redução de sal no pão significará consumo até menos meio grama diário

Protocolo para redução de sal no pão significará consumo até menos meio grama diário

A conclusão está no relatório final de um estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que estima que a maior redução no consumo de sal se reflita nos homens com idades entre 55 e 74 anos, sobretudo no Alentejo, que são quem mais pão consome.

Na base do estudo está a estratégia nacional para a promoção de alimentação saudável, que inclui um protocolo assinado em 2017 entre o INSA, a Direção-Geral da Saúde e a indústria panificadora, que visa a redução voluntária da quantidade de sal no pão para o máximo de um grama em cada 100 até 2021.

O INSA recomenda que de protocolo voluntário se passe para “medidas legislativas efetivas” aplicadas a “todos os operadores no setor, especialmente para industriais da panificação e grandes retalhistas, incluindo de pão pré-embalado”.

Recomenda-se ainda “a extensão do mesmo tipo de regulação a outras categorias e produtos alimentares altamente consumidos pela população portuguesa, nomeadamente carne, sopas e outros produtos processados”, como batatas fritas, aperitivos, bolachas e cereais.

A ser atingida, a meta significará uma redução de 29 por cento no volume de sal presente no pão, o que se refletirá numa redução de consumo de 0,51 gramas diários no caso dos homens e 0,32 gramas para as mulheres.

Invocando outros estudos, o INSA assume que o efeito da redução do sal no pão na tensão arterial será “baixo para ter um impacto importante na diminuição do risco de doenças cardiovasculares”