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O líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, exigiu este sábado ao Governo Regional esclarecimentos sobre o acordo com a companhia aérea Ryanair, considerando o assunto demasiado importante para ser tratado com “meias-verdades”.
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“Este assunto é demasiado importante, quer para as acessibilidades aéreas aos Açores, quer para o setor turístico, para ser tratado pelo Governo Regional, como tem sido até agora, num embrulho de meias-verdades e de meias palavras que só adensam, ainda mais, o clima de incerteza”, afirmou o socialista, citado em comunicado.
Segundo a nota de imprensa do PS/Açores, existem “silêncios a mais e esclarecimentos a menos” por parte do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre a operação da Ryanair para os Açores.
Na quinta-feira, o Governo dos Açores revelou que existe um acordo para a Ryanair não abandonar totalmente a região e disse esperar que a companhia “honre o compromisso” assumido com o executivo, que passa pela redução dos voos a partir do próximo inverno.
“Este entendimento parte de uma redução de voos, mas não queria falar dos detalhes do entendimento, uma vez que ainda estamos com o processo em aberto. No dia em que os voos forem colocados na plataforma, estaremos cá para falar da operação”, afirmou a secretária regional Berta Cabral.
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Hoje, Vasco Cordeiro, que presidiu ao Governo dos Açores entre 2012 e 2020, exigiu ao Governo Regional esclarecimentos sobre as “frequências de voos diários”, a “disponibilidade de lugares” e as “exatas contrapartidas” assumidas entre o Governo Regional e a transportadora.
O PS/Açores quer ainda saber “quantos postos de trabalho, diretos e indiretos, passa a operação da Ryanair a sustentar nas ilhas Terceira e de São Miguel”.
“O Governo diz que espera que a Ryanair cumpra com aquilo que foi acordado, mas, logo a seguir, diz que não pode revelar os termos do entendimento porque o processo ainda está em aberto. Mas, afinal, em que ficamos? Há ou não há um acordo fechado?”, lê-se no comunicado.
O líder parlamentar do PS na Assembleia Regional criticou o Governo dos Açores por ir a “reboque dos acontecimentos” e por não ter uma “estratégia definida”.
“Isto é habitual com este Governo, mas numa matéria desta importância é verdadeiramente dramático e tem um impacto muito negativo no planeamento de investimento privado na área do turismo”, alertou Vasco Cordeiro.
Em 17 de agosto, a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) considerou que o Governo Regional tem de tomar uma “atitude incisiva” sobre “a ameaça de abandono” da companhia aérea Ryanair da região, salientando o peso do turismo na economia local.
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