//PSD quer auditoria independente ao Novo Banco

PSD quer auditoria independente ao Novo Banco

O PSD vai pedir uma auditoria independente à fase posterior da resolução do Banco Espírito Santo, em agosto de 2014. O deputado António Leitão Amaro começou por questionar a necessidade de nova injeção de capital no Novo Banco (NB) para depois anunciar a intenção.

“Perante esta dúvida narrativa, não há dúvida de que isto tem que ser esclarecido”, começou por dizer António Leitão Amaro. O deputado continuou “queria transmitir-lhe a si que dentro dos próximos dias dará entrada uma proposta para ser votada no plenário desta Assembleia da República sobre a realização de uma auditoria independente sobre aquilo em que há dúvida”, afirmou o deputado que citou também Marcelo Rebelo de Sousa. “Como diz e muito bem o sr. Presidente da República o que aconteceu desde que não há avaliações.”

Leitão Amaro lembrou que há “duas auditorias feitas pré-resolução, uma comissão de inquérito pré-resolução, uma decisão do Tribunal da Relação de Lisboa que avalia a decisão de resolução, mas não sabemos a avaliação disto: os contornos da venda, a gestão e a prática e política de gestão de ativos, de imparidade”, concluiu o deputado social-democrata.

Após a chamada de capital de 1,15 mil milhões de euros feita este ano pelo Novo Banco, o ministério das Finanças pediu uma auditoria. Mas aos que estão integrados no mecanismo de capital contingente que dizem respeito na sua quase totalidade ao BES. Ou seja, a análise que o governo e o Fundo de Resolução pretendem fazer exclui, na sua maior parte, a atuação no Novo Banco desde a resolução, em agosto de 2014.

“Dado o valor expressivo das chamadas de capital em 2018 e 2019, o Ministério das Finanças, em conjugação com o FdR, considera indispensável a realização de uma auditoria para o escrutínio do processo de concessão dos créditos incluídos no mecanismo de capital contingente”, disse o ministério liderado por Mário Centeno no dia em que o Novo Banco anunciou a chamada de capital.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tem uma visão diferente. Defendeu, citado pela Lusa, que “faz sentido uma auditoria não apenas na pré-história, isto é, até à resolução, mas depois da resolução, porque é neste momento que se trata de saber se é preciso mais dinheiro ou não, e isso é preciso saber para o futuro”.

(atualizada às 20:10 com mais informação)

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