O PSI20, o principal índice da bolsa lisboeta, apresentava no final do mês de abril o valor de 4.284,2 pontos, o que corresponde a uma quebra de 17,8% face a 31 de dezembro de 2019. A capitalização bolsista caiu de 61.920 milhões, a 31 de dezembro, para 54.310 milhões a 30 de abril, sendo que os 7.600 milhões de perda se deveram, em especial, às quebras de valor da Galp, do Millenium Bcp, da Navigator e da NOS.
“No mês de abril, o PSI20 registou uma subida de 4,6%, recuperando parcialmente da forte quebra ocorrida nos meses de fevereiro (-9%) e março (-14%) devido ao efeito associado ao surto de coronavírus”, destaca a Maxyield, o clube dos pequenos acionistas, na sua análise ao comportamento da Bolsa de Lisboa em abril.
Só três das 18 cotadas que integram o PSI20 apresentam, no final de abril, um crescimento das suas cotações: a EDP Renováveis, que o ano passado fechou com uma valorização acumulada de 35%, está, no final dos primeiros quatro meses, a valorizar 6,7%; a Jerónimo Martins vale mais 5,1% que no final de 2019, quando acumulou um ganho anual de 41,8%, e a Novabase, que o ano passado valorizou 25,5%, está agora a acumular um ganho de 4,7%.
Do lado das perdas, destaque para o Millenium BCP, cujos títulos estão a perder 49,7% desde o início do ano, a Ibersol (-49,9%), a Mota-Engil (-38,5%), a Navigator (-33,8%) e a NOS (-29,1%). A Altri acumula 15,1% de perda, os CTT 32,6%, a Sonae Capital e a Sonae perdem, respetivamente, 34,8% e 21,3%, e a Semapa vale, agora, menos 34,8%. A Pharol perde 29,7%.
A Amorim perde 14,9%, a EDP desliza, apenas, 0,4% e a REN perde 9%. A Galp, castigada pelo panorama do petróleo no mercado mundial, já perdeu 29,4% do seu valor bolsista desde o início do ano.
“O mercado nacional entrou em bear market (diminuição superior a 20% relativamente ao ultimo máximo), sofrendo um crash bastante violento, com uma queda de – 33,8% entre o máximo 19 de fevereiro e a cotação de fecho em 19 de março. O PSI20 regressou em 19 de março ao nível de 1993 (27 anos) o que revela a intensidade e violência da queda das cotações. A partir desta data, assistiu-se a uma ligeira recuperação que se reflete na evolução verificada no mês de abril”, pode ler-se na análise ao mercado da Maxyield.
Sobre a evolução do mercado bolsista nacional, o clube dos pequenos acionistas destaca que “vai depender do termo da epidemia, recuperação das bolsas internacionais e retoma da económica mundial, sendo a imprevisibilidade a única certeza com que podemos contar. Contudo é expectável que os mercados bolsistas antecipem a retoma económica e que posteriormente venham a ser impulsionados por esta”.
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