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Os 5569,5 pontos com que o PSI20 fechou o ano, representando um crescimento mensal de 2,5% e consolidando a robusta trajetória positiva iniciada no mês de agosto, deram ao índice bolsista português um resultado que não conseguia há três anos.
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© Maxyield
“O crescimento anual do PSI 20 ficou em 13,7%, abaixo do pico de 17% observado no final de outubro”, indicam os analistas da Maxyield, apontando que esta evolução representa “a melhor taxa de crescimento anual desde 2017”, com o mês completo de dezembro a traduzir 11 títulos com variação anual positiva. CTT (93,8%), Novabase (59,5%), Sonae SGPS (51,6%), Ramada (47,5%) e J. Martins (45,4%) completam o top five, enquanto sete cotadas apresentam diminuição anual de valor no final do mês de dezembro: a Pharol (-39,8%), a Mota-Engil (-6,5%), a EDP (-6,3%), a Ibersol (-4,1%), a EDP Renováveis (-3,9%) a Corticeira Amorim (-2,8%) e a GALP (-2,7%)
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De acordo com dados da Maxyield disponibilizados ao Dinheiro Vivo, a banda de variação mensal oscilou entre os 14,5% da Altri e os -10,6% da Pharol, com o índice a conseguir chegar àquele desempenho mensal graças à recuperação empreendida desde 20 de dezembro, quie lhe permitiu aliviar a tendência de quebra.
Evolução do PSI 20 ao longo do mês de dezembro
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Neste período, ainda de acordo com a asociação de pequenos acionistas, ALTRI (14,5%), Ramada (11%),CTT (9,9%), Navigator (7,9%), Sonae SGPS (6,4%), J. Martins (4,6%), Novabase (4,3%), Greenvolt (3,6%), Mota-Engil (3,4%), REN (3,2%) e GALP (-5,6%) foram as campeãs do crescimento, enquanto pela negativa se destacam apenas quatro entre as 19 sociedades do universo empresarial PSI 20,: Pharol (-10,6%), bersol (-4,8%), EDP Renováveis (-3,2%) e BCP (-1,8%).
Visão exterior
Os analistas da Maxyield fazem ainda o retrato dos mercado internacionais, apontando um crescimento anual do S&P 500 (índice composto pelas maiores 500 sociedades cotadas na NYSE) de 27,7%, enquanto o STOXX 600, que agrega as 600 maiores sociedades cotadas europeias, evoluiu 22,3%, com “um crescimento robusto no mês de dezembro, muito superior ao PSI 20”.
Evolução mensal e anual dos principais índices internacionais
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“Em dezembro, estes índices apresentaram uma evolução tendencialmente volátil e errática até 20, que se inverteu na parte final, com um crescimento assinalável”, apontam os analistas
Evolução dos índices internacionais de referência ao longo do mês de dezembro
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Em dezembro, estes índices conseguiram renovar máximos históricos, pelo que as “correções observadas em setembro e novembro, bem como arrefecimento do crescimento do índice tecnológico americano, ajudam a afastar receios de bolha bolsista no curto prazo, provocados pelo forte crescimento após o crash de 2020 e tendências recentes da conjuntura económica internacional”.
Evolução histórica dos índices internacionais de referência
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Os analistas da Maxyield apontam que a evolução anual de 22,3% do STOXX 600, valor médio de referência europeu, “conjuga ritmos de crescimento mais elevados dos índices francês CAC 40 (28,9%), holandês AEX (27,8%) e italiano FTSE MIB (23%), com variações mais baixas do alemão DAX 30 (15,8%), do londrino FTSE 100 (14,3%) e do espanhol IBEX 35 (7,9%)”.
O PSI 20 ficou mais longe dos mercados internacionais, devido a um crescimento anual muito inferior aos seus índices de referência. Mesmo que o IBEX 35 e o FTSE 100, no final de 2021, ainda não tivessem atingido os valores anteriores ao crash 2020. A nível anual o mercado espanhol cresceu 7,9% e continua aquém de Lisboa.
Outlook
Com o PSI 20 acima de 5500 pontos e na zona de resistência [5450 – 5750], a sociedade de pequenos acionistas acredita que o desafio que se coloca é vencer o limite superior deste patamar. “Esta nova situação potencia a aproximação ao valor máximo verificado nos últimos cinco anos. O patamar seguinte é a entrada numa nova zona de resistência [5750 – 6300].”
Com a divulgação de resultados do terceiro trimestre de 2021 pelas sociedades do PSI 20, os analistas identificam as características desta earning season, que indiciam boas perspetivas para o comportamento das respetivas ações. “Os Rendimentos, o EBITDA, o CAPEX e a Dívida Líquida apresentam um crescimento homólogo e uma evolução acumulada anual (YTDset) positiva, que transmitem sinais positivos ao mercado de capitais. Contudo, o resultado líquido deste universo empresarial no 3ºT ficou aquém da realização do período homólogo de 2020 devido ao comportamento desfavorável da GALP, fraca realização do BCP e valor tendencialmente nulo da EDP Renováveis. Em termos acumulados anuais (YTDset) o resultado líquido deste universo encontra-se 91% acima do valor registado em idêntico período do ano anterior.”
Indicadores do universo empresarial PSI 20
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“A repetição em 2021 dos resultados líquidos observados no 2º S/2020, permitirá na próxima dividend season, o regresso dos dividendos ao nível pré-pandémico, sendo para tal necessário um payout em torno de 78%”, acreditam, lembrando porém que isso exige um crescimento no quarto trimestre de 11%, relativamente a idêntico período do ano anterior. .
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