A bolsa de Lisboa seguia nesta segunda-feira a recuperar das perdas das últimas semanas, seguindo o movimento das congéneres europeias e asiáticas, com as ações da Galp a avançarem mais de 4%.
Cerca das 09:00, o principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI20, seguia a avançar 1,65% para 4.844,24 pontos, com 16 ações positivas e duas negativas.
As ações da Galp eram as que mais subiam, com as ações a avançarem 4,16% para 12,89 euros, seguidas das da REN, que valorizavam-se 3,17% para 2,60 euros.
As ações da EDP avançavam 2,91 euros para 4,34 euros, as da Jerónimo Martins subiam 1,13% para 16,09 euros e as do BCP valorizavam-se 0,68% para 0,16 euros.
Do lado das perdas, a F. Ramada seguia a perder 8,73% para 4,60 euros e a Semapa descia 0,18% para 11,28 euros.
Lisboa seguia alinhada com as principais bolsas europeias, que estavam hoje em alta, a recuperar das perdas das últimas semanas, com os investidores animados pelas perspetivas de atuação de vários bancos centrais para conter os efeitos económicos da propagação do coronavírus.
Nos mercados asiáticos, a tendência de recuperação é semelhante, com a bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, a fechar hoje a subir 3,15% para 2.970,93 pontos.
Shenzhen, a segunda praça financeira do país, avançou 3,65%, nas derradeiras transações do dia, para 11.381,76.
Durante o fim de semana, os EUA anunciaram medidas de emergência de contenção do vírus, enquanto, em Itália, o Governo anunciou que disponibilizará 3,6 mil milhões de euros de apoio à sua economia.
O Banco de Japão mostrou-se disponível para adotar medidas para abrandar o impacto económico da epidemia de coronavirus.
Também os ministros das Finanças do G7 e do Eurogrupo vão debater através de conferência telefónica a coordenação de respostas aos efeitos do novo coronavírus, disse hoje o Governo francês.
De acordo com o ministro das Finanças de França, Bruno Le Maire, a conferência telefónica vai realizar-se dentro dos próximos dias.
“Vamos realizar, esta semana, uma reunião por telefone porque é preciso evitar a deslocação dos ministros do G7, para coordenarmos respostas”, disse Le Maire à France 2.
Uma reunião semelhante, mas dos ministros do Eurogrupo está agendada para quarta-feira, adiantou Bruno Le Maire acrescentando que “são necessárias ações concertadas”.
A epidemia de Covid-19, que teve origem na China, em dezembro de 2019, já infetou mais de 86 mil pessoas em 53 países de cinco continentes, das quais morreram cerca de três mil.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
O preço do petróleo Brent – de referência na Europa – seguia a subir até aos 50,85 dólares.
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