O Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado (STRN) acusa o Governo de fazer propaganda com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e não concretizar o investimento anunciado na melhoria tecnológica e atualização informática das conservatórias, “onde falta tudo”.
Segundo um comunicado divulgado esta terça-feira pelo sindicato, o investimento anunciado pelo executivo no âmbito do PRR “contrasta com as reais condições no terreno, ou seja, nas conservatórias, onde falta tudo” e onde o “parque informático obsoleto” obriga a “constantes paragens e reiniciação” do sistema, uma operação que pode demorar 15 minutos e condiciona o trabalho.
Computadores e impressoras com mais de 15 anos e sistemas operativos desatualizados são alguns dos problemas apontados pelo sindicato, que diz que são os trabalhadores do setor que mais querem a “apregoada digitalização”.
“Todos desesperam com a modernização dos equipamentos, com a necessária interoperabilidade entre as diversas aplicações, com a utilização da Inteligência Artificial como uma ferramenta de suporte à qualificação dos diversos atos e procedimentos de registo”, sustenta o STRN.
Porém, adianta a estrutura sindical, “lamentavelmente ainda se está longe dessa realidade que, por enquanto, ainda é meramente aparente e não deixa de ser pura propaganda”, critica o sindicato.
O STRN considera que “o país atravessa um momento crucial onde não podem existir falhas” e que é fundamental uma completa execução do PRR, com investimento em “reformas estruturantes” que “têm de ser bem delineadas e devidamente testadas” para evitar “erros do passado” e desenvolver “soluções verdadeiramente sólidas e adequadas para o setor dos registos e para o país”.
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