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Numa altura de inflação alta e aumento generalizado dos encargos poupar torna-se cada vez mais importante. Ter um pé-de-meia para fazer face a períodos como este ou a imprevistos é uma forma de ter uma vida financeira mais tranquila.
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E se a poupança pode ser feita através do corte de algumas despesas, a verdade é que também pode apostar em produtos como certificados de aforro ou depósitos a prazo. Ambos de baixo risco.
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Portugueses depositam menos 7,6 mil milhões de euros no primeiro trimestre
Muito se tem falado destes dois produtos de poupança, mas afinal, qual compensa mais?
Depósitos a prazo
Os depósitos a prazo continuam a ser o produto preferido dos portugueses. Têm a vantagem de estar protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos até 100 mil euros por depositante, conferindo uma segurança extra, em caso de falência do banco.
A taxa de juro média dos novos depósitos registou a maior subida dos últimos 11 anos em janeiro, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal, para uma remuneração da generalidade dos depósitos de 0,56%. Em fevereiro, esta taxa de juro média aumentou para os 0,65%. Porém, mesmo assim, continua a ser muito reduzida.
Ou seja, tendo em conta a inflação, é muito importante que procure as melhores taxas do mercado para minimizar o impacto negativo deste indicador no valor do seu dinheiro.
Certificados de aforro
Mais rentáveis do que qualquer depósito, os certificados de aforro atingiram em março a taxa-base de 3,5% bruta – a taxa máxima permitida por lei.
A grande vantagem deste produto, atualmente, é que os juros são calculados todos os meses com base na média da Euribor a três meses. Ora, com a subida deste indexante, sobe também a taxa de juro.
Além disso, ao subscrever este produto, à taxa de juro fixada mensalmente, é ainda aplicado um prémio de permanência de 0,5% para os títulos detidos entre o segundo e o quinto ano de permanência, e 1% entre o sexto e o décimo ano. Ou seja, na melhor das hipóteses, a remuneração dos certificados de aforro pode atingir os 4,5% brutos.
Atualmente, os certificados de aforro são o produto com capital garantido mais rentável do mercado. Podem ser subscritos em alguns balcões dos CTT ou pela internet, através da AforroNet, a plataforma da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, com um montante mínimo de 100 euros.
Depósitos recuam e certificados de aforro ganham expressão
Os portugueses estão a retirar o seu dinheiro dos depósitos há oito meses consecutivos. No primeiro trimestre deste ano, os bancos perderam 7,6 milhões de euros em depósitos das famílias portuguesas.
No mês de março, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes voltou a cair, totalizando 174,8 mil milhões de euros, menos três mil milhões de euros face ao final de fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo Banco de Portugal. Em fevereiro os depósitos de particulares recuaram 2,1 mil milhões de euros e em janeiro caíram 2,5 mil milhões de euros em comparação com o último mês de 2022.
Por outro lado, os certificados de aforro continuam a ganhar expressão e em março as subscrições líquidas aumentaram 3,5 mil milhões de euros.
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