Os orçamentos europeus para a área da defesa aumentaram?
A Alemanha, por exemplo, anunciou já que as forças armadas vão ter uma verba extraordinária de 100 mil milhões de euros para equipamento, com o país aumentar o investimento anual em Defesa para mais de 2% do PIB e diz ser esse o plano para os próximos anos.
A França, que fez, em 2018, um aumento significativo das contas da defesa, já veio recentemente dizer que não pretende dar mais dinheiro à NATO.
Em 2020, o Reino Unido fez o maior investimento na indústria da Defesa dos últimos 30 anos, a justificá-lo o facto de considerar que já na altura a situação internacional era “mais perigosa e intensamente competitiva” que nunca desde o período da Guerra Fria. A revisão do orçamento de Defesa acrescentou mais 18,5 mil milhões de euros de investimento até 2024.
Também os Estados Unidos, membro da NATO, aumentaram o orçamento da defesa para os 677 mil milhões de euros com grande aposta no nuclear e prevendo um aumento de salário de 2,7% pra os militares.
O Fundo Europeu de Defesa (FED) está ligado à implementação da Estratégia Global da UE para a Política Externa e de Segurança em matéria de segurança e defesa. No orçamento de longo prazo da UE para o período de 2021-2027, a Comissão propõe aumentar a autonomia estratégica da UE, fortalecer a capacidade de proteger os seus cidadãos e reforçar a posição da UE a nível mundial, com um total 13 milhões de euros.
Numa revista da área e abordando a questão dos orçamentos de defesa nos países industrializados, o Tenente-general Pilav Alfredo Pereira da Cruz sublinha que “os custos com a defesa das nações estão intimamente ligados com a segurança e com a previsibilidade da guerra (…).”
“O paradigma da segurança das nações está a mudar vertiginosamente, as metodologias, onde assentam o planeamento e a elaboração dos orçamentos de defesa, já respondem mal às reais necessidades da segurança dos cidadãos. Na tentativa de resolver o aumento exponencial dos armamentos e dos custos dos recursos humanos, que oneram extraordinariamente os gastos com a defesa global, nomeadamente, nos países mais desenvolvidos, América do Norte, Europa e Extremo Oriente, as governanças dos Estados têm procurado parcerias de defesa com empresas privadas”, diz.
Que meios temos disponíveis nesta altura para missões da NATO?
Contas feitas, são 1.049 militares, sete aeronaves, um navio e 162 viaturas táticas. Meios disponíveis para serem ativados numa força de elevada prontidão de até sete dias, designada “Very High Readiness Joint Task Force”.
A NATO decidiu, de forma unânime, “reforçar” a presença militar junto à Ucrânia, Portugal antecipou por isso o envio de militares, será uma companhia de infantaria colocada estrategicamente na Roménia composta por 174 militares.
Quem faz mais despesas com equipamento?
A NATO pediu aos estados-membros uma aposta de 20% do orçamento. Nessa meta estão incluídos países como a Croácia, Luxemburgo, Grécia, Noruega, Estados Unidos e Itália. Abaixo da meta surge Portugal e países como a Alemanha, Bélgica, Canadá e Eslovénia.
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