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O aumento da atividade e rendibilidade diminuiu a percentagem de empresas em “potencial situação de risco” em 2021, mas 39,1% apresentou ainda prejuízo, contra 44,5% em 2020 e 36,9% no ano pré-pandémico 2019, divulgou o Banco de Portugal (BdP) esta sexta-feira.
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Segundo os ‘Indicadores Económico-financeiros Anuais das Empresas Não Financeiras’ do BdP, atualizados esta sexta-feira para 2021, nesse ano “39,1% das empresas apresentaram resultados líquidos negativos, o que traduz uma melhoria em relação a 2020 (44,5%), mas ainda não relativamente a 2019 (36,9%)”.
De acordo com o banco central, “a redução da percentagem de empresas em potencial situação de risco foi transversal à generalidade dos setores”.
Adicionalmente, 33% das empresas apresentaram EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) negativo (38% em 2020) e, em 14,8% das empresas, o EBITDA gerado não foi suficiente para cobrir os gastos de financiamento (18,6% em 2020).
Já a percentagem de empresas com capital próprio negativo (empresas cujo valor do passivo superou o valor do ativo) “teve uma ligeira redução, passando de 26,7% em 2020 para 26,3% em 2021”.
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As estatísticas apuradas com base na Informação Empresarial Simplificada (IES) confirmam que, em 2021, o volume de negócios das empresas aumentou 15,2% em relação a 2020 e 4,6% relativamente a 2019.
Contudo, se o aumento em relação a 2020 foi “transversal a todos os setores de atividade, demonstrando que 2021 foi um ano de recuperação económica”, o mesmo não se observa na comparação com 2019, uma vez que “alguns setores de atividade ainda não atingiram os valores pré-pandemia, em particular os relacionados com o turismo, como o transporte e armazenagem e o alojamento e restauração”.
Segundo o BdP, o incremento de atividade registado no ano passado “afetou positivamente os resultados das empresas que, medidos antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA), aumentaram 40,9% em comparação com 2020”, numa subida “transversal à generalidade dos setores de atividade, ainda que com diferentes expressões”.
No que se refere à rendibilidade do ativo (rácio entre o EBITDA e o total do ativo), subiu para 7,6%, valor superior ao registado em 2020 (5,8%) e igual ao de 2019, enquanto a rendibilidade dos capitais próprios (rácio entre o resultado líquido e o capital próprio) atingiu 8,3%, mais do que duplicando a percentagem de 2020 (3,5%) e ultrapassando os 7,4% de 2019.
De acordo com o banco central, “os setores mais penalizados em 2020 — transportes e armazenagem e alojamento e restauração — alcançaram valores de EBITDA positivos em 2021, mas ainda permaneceram com resultados líquidos e rendibilidade dos capitais próprios negativos”.
Em 2021, os dados do BdP apontam ainda para uma manutenção da “trajetória de aumento da autonomia financeira” das empresas: “No seu conjunto, as empresas continuaram a reforçar os capitais próprios e a autonomia financeira (medida pelo peso do capital próprio no balanço) aumentou para 38,7% (38,0% em 2020)”, precisa.
“Este incremento — nota – observou-se na generalidade dos setores, com destaque para o setor dos transportes e armazenagem, que apresentou um aumento de 4,6 pontos percentuais, para 23,4%”.
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