//Quase dois terços dos 56 membros do Governo falham prazo de entrega de registo de interesses

Quase dois terços dos 56 membros do Governo falham prazo de entrega de registo de interesses

Dos 56 membros do Governo, entre ministros e secretários de Estado, quase dois terços entregaram a sua declaração de registo de interesses fora do prazo na Assembleia da República, avança esta quarta-feira o jornal Público. Até à data limite, de 30 de maio, só 23 elementos do executivo tinham submetido essa declaração no sistema informático do Parlamento.

A informação consta do relatório final do grupo de trabalho do registo de interesses aprovado na última reunião da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados. “Em relação aos membros do Governo, até 30 de maio de 2022, data em que se concluía o respetivo prazo de entrega, tinham sido submetidos 23 registos”, lê-se no documento do grupo coordenado pelo socialista Pedro Delgado Alves. O relatóio acrescenta que, até ao final da primeira semana de junho, entraram mais seis registos de governantes e até 27 de julho foram entregues os restantes.

Entre os 18 ministros, só cinco entregram as declarações dentro do prazo: além do primeiro-ministro, encontram-se nesta situação os ministros das Finanças, dos Assuntos Parlamentares, do Trabalho e da Saúde. Já a declaração do ministro da Cultura foi assinada a 1 de agosto e a dos ministros das Infra-estruturas e da Ciência e do Ensino Superior no dia seguinte.

Dos 56 governantes, oito declaram ser sócios de empresas e cinco apresentam as ligações dos respetivos cônjuges. Há ainda o caso do secretário de Estado da Agricultura, Rui Martinho, que especifica ter “familiares diretos (pais e irmão) que exercem actividade agrícola”, mas não identifica onde.

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