Partilhareste artigo
A Segurança Social pagou em junho perto de menos 35 mil prestações por desemprego que um mês antes, com o número total de beneficiários, 241 687, a ficar ao nível mais baixo desde novembro do ano passado. A quebra face a maio representa menos 13% de subsídios pagos.
O valor médio das prestações pagas pela Segurança Social ficou em 532,08 euros, o que se traduzirá numa despesa mensal de 128,6 milhões de euros em junho, menos 11% que o gasto de 144,7 milhões de euros de um mês antes.
De acordo com os cálculos do Dinheiro Vivo a partir dos dados do Instituto de Segurança Social, publicados ontem, as descidas mais expressivas ocorreram entre os beneficiários de subsídio social de desemprego, com uma descida de 18% no número de subsídios iniciais pagos, e de 15% no subsídio social de desemprego subsequente.
Estas prestações habitualmente abrangem quem tem percursos contributivos menos regulares ou quem terminou o período máximo de concessão de subsídio de desemprego. Foram pagas em junho a apenas 7 725 beneficiários no que diz respeito a subsídio inicial para quem tem registos com menos contribuições concentradas no tempo anterior à perda de trabalho, e a 14 067 beneficiários de subsídio subsequente após esgotarem subsídio de desemprego.
Subscrever newsletter
Já no subsídio de desemprego, para quem tinha carreira contributiva mais regular, a Segurança Social pagou a menos 11% de beneficiários. Recebiam a prestação em junho 173 578 pessoas.
A queda acontece numa altura em que quem esgota o período de concessão desta prestação tem direito a seis meses adicionais de subsídio no quadro das medidas aprovadas no Orçamento do Estado de 2021, e os números sugerem que na maioria dos casos os beneficiários terão encontrado trabalho. Isto porque em junho, apesar de 22 165 pessoas deixarem de constar na concessão regular do subsídio, apenas mais 3 353 pessoas gozaram da prorrogação extraordinária. No total, a Segurança Social conta agora 39 096 beneficiários a gozar da extensão por seis meses.
Esta medida explicará em parte também a redução do número dos que beneficiam de subsídio social de desemprego subsequente.
Por outro lado, o universo de beneficiários de apoio extraordinário ao desemprego de longa duração e do prolongamento do subsídio social de desemprego encontra-se quase extinto, com 30 e 9 prestações pagas em junho, respetivamente.
O apoio ao desemprego de longa duração existe desde 2016 e chegou a ter mais de cinco mil beneficiários. Destina-se a quem esgotou todas as prestações, mas exige um interregno de seis meses sem qualquer apoio até que o desempregado possa ser abrangido. Por causa disso, muitos desempregados poderão ter sido encaminhados ou procurado antes o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores, medida que porém impõe um teto máximo aos rendimentos familiares – a chamada condição de recursos.
Os dados globais de redução nos subsídios pagos estão em linha com a diminuição de inscrições ativas de desempregados no centro de emprego. Em junho, tornaram a cair, com menos perto de 24 mil desempregados registados. O desemprego registado está agora ao nível mais baixo desde março de 2020, com 377 872 indivíduos contabilizados. Destes, 64% recebiam subsídio por desemprego no mês passado.
Deixe um comentário