//Quase três em cada quatro consumidores portugueses já compram online

Quase três em cada quatro consumidores portugueses já compram online

Mais de 40% dos consumidores portugueses já fazem compras pela internet de forma regular e 71% já adquirem produtos online. São conclusões do Barómetro anual sobre o comércio eletrónico da Geopost, grupo europeu de transporte de encomendas, que inclui a empresa de transporte expresso DPD.

Ainda assim, a maioria destes compradores regulares prefere sites estrangeiros, “especialmente para encontrar melhores negócios”, uma tendência onde os portugueses se destacam (73% em Portugal e 58% na Europa). Encomendam sobretudo produtos em sites espanhóis (61%), chineses (58%) e do Reino Unido (33%).

Ainda segundo este relatório, sobre as compras realizadas em 2023, os portugueses são os consumidores mais sensíveis ao preço. A maioria, “71% dos e-shoppers regulares portugueses,
considera que comprar online é uma forma de poupar dinheiro, contra os 65% da
média europeia”.

A descida da inflação é um dos argumentos apresentados neste estudo para explicar o aumento das compras em 2023. Segundo Carla Pereira, diretora de Marketing e Comunicação da DPD, “a inflação chegou mais cedo à Península Ibérica”, o que levou à retração do consumo. No ano passado observa-se já um aumento. “Em Portugal o número de consumidores online voltou a subir, ainda que seja inferior à média europeia, é bastante superior ao ano anterior”.

Vendas "online" são reportadas às Finanças, mas há exceções

Além do preço, a facilidade e o conforto justificam o aumento destes compradores online. Optam pela “comodidade de poderem comprar quando quiserem e receber onde lhes for mais conveniente, sem ter que ir para filas para pagar”. Carla Pereira sublinha ainda que pela internet as compras são cada vez mais “práticas e fáceis”. Mas o principal argumento será o preço, porque online “os artigos podem estar mais baratos ou terem alguma vantagem” na compra.

Em 2023, os consumidores nacionais receberam, em média, quatro encomendas por mês e fizeram 11 encomendas durante o ano. Compram todo o tipo de produtos, mas os mais procurados são artigos das categorias de moda, beleza e saúde.

Portugal chegou mais tarde ao mercado das compras em segunda mão do que a maioria dos países europeus, mas 60% já utilizam estas plataformas no país e a tendência é para continuar a crescer. Carla Pereira diz que esta opção “tem aumentado muito” no país, sobretudo com a entrada de marcas internacionais líderes nesta área.

Os portugueses ainda preferem receber as encomendas em casa, mas são cada vez mais os que optam por levantar na loja ou em pontos de recolha. 27% dos e-shoppers regulares utilizaram, pelo menos, um local de entrega.

Esta é uma tendência que se repete na Europa, segundo este estudo anual realizado em 22 países europeus, através de mais de 24 mil entrevistas a maiores de 18 anos.

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