O Banco Central da Rússia subiu esta terça-feira a taxa de juro de referência para 12%, um aumento de 3,5%.
A medida foi anunciada esta manhã, depois da reunião de emergência convocada na véspera para responder à queda do rublo, que na segunda feira atingiu o valor mais baixo face ao dólar, desde o início da invasão da Ucrânia.
A moeda russa passou os 101 rublos por dólar na segunda-feira, ou seja, perdeu mais de um terço do valor desde o início do ano e atingiu o nível mais baixo em quase 17 meses.
A desvalorização da moeda ocorre numa altura em que Moscovo está a aumentar as despesas militares e, ao mesmo tempo, as sanções ocidentais dificultam as exportações de energia.
Ao subir os juros o Banco Central sobe o custo dos empréstimos, tentando assim travar os picos de preços.
Neste momento o país importa mais e exporta menos, especialmente petróleo e gás natural, com o aumento das despesas com a defesa e as sanções. Uma das consequências é um excedente comercial menor, o que normalmente pesa sobre a moeda de um país.
Desde que o ocidente impôs sanções à Rússia pela invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022, o rublo caiu para 130 por dólar. Para estabilizar a moeda, o banco central decretou controlos de capitais.
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