//Quem tem o plano mais ambicioso para a economia? AD ou PS?

Quem tem o plano mais ambicioso para a economia? AD ou PS?

Um indicador onde AD e PS estão alinhados e muito otimistas é o do abate da dívida pública: a coligação prevê a dívida pública nos 75,1% em 2029 – que seria o valor mais baixo desde 2008 – enquanto o PS prevê a dívida pública um pouco acima (76,6%). O Conselho das Finanças Públicas aqui é bastante mais conservador – estima a dívida pública em 85% do PIB no final de uma legislatura de quatro anos.

No entanto, mesmo aqui a AD bate o PS. É que o indicador tem em conta a dívida pública como percentagem do PIB. E se o PIB da coligação do Governo cresce mais que o PIB do PS, e as percentagens são relativamente semelhantes, o mesmo quer dizer que AD tem um abate superior da dívida pública do que estima o PS.

Para finalizar, a AD acredita que fará tudo isto sempre com excedente orçamental, entre os 0,1% e os 0,3% do valor do mesmo. Já o PS aponta para um saldo a zero – todas as despesas e receitas serão equilibradas.

Medidas do PS custam 1,7 mil milhões. AD deixou de divulgar custo

Ao longo das 277 páginas do programa eleitoral da AD, a coligação de PSD e CDS, estão 50 páginas com os resultados dos últimos 11 meses de governação, com gráficos para os diferentes indicadores, a que se somam mais duas centenas de páginas com as medidas do programa para os próximos quatro anos.

Mas, em relação ao programa do ano passado, há uma grande diferença: no documento para as eleições de 2024, a AD especificou o impacto orçamental de cada medida, desde a reposição do tempo de serviço dos professores, ao aumento do Complemento Solidário para Idosos ao acesso gratuito a creches; no deste ano, não existe um único valor estimado para qualquer das medidas anunciadas.

A Renascença tentou obter, junto da AD, o impacto orçamental das medidas do seu programa orçamental, mas não recebeu resposta.

Num artigo do Expresso, o PS atira que o total das medidas da AD tem um custo de 3.750 milhões de euros e fonte oficial do PSD não contesta o valor. A confirmar-se, o custo das medidas é mais do dobro das medidas do PS.

No seu programa de 236 páginas, tal como no ano passado, os socialistas não fazem qualquer referência a quanto custa cada uma das suas medidas.

No entanto, à Renascença o partido avança que as medidas fiscais têm um impacto orçamental de 730 milhões, enquanto as medidas em setores como Habitação e Saúde têm um custo de 744 milhões e medidas referentes a Prestações e Apoios custam 270 milhões, para um total de 1.744 milhões de euros.

O valor não é uma coincidência: é o mesmo que os 1.750 milhões de euros da descida transversal gradual do IRC até 17% e de 15% para pequenas e médias empresas, que ainda assim é inferior à redução prometida no programa de 2024 – que previa uma redução de 21 para 15% em três anos até 2028.

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