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A recuperação da economia portuguesa volta a marcar passo nos meses de setembro e outubro, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) na síntese de conjuntura divulgada nesta quarta-feira.
“A informação disponível revela um ritmo de recuperação da atividade económica mais lento em setembro e outubro”, lê-se na nota do INE, que aponta a recuperação da confiança dos consumidores, acrescentando que este indicador, “que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, continuou a recuperar em setembro, mas a um ritmo mais lento que o observado desde maio, após ter registado o mínimo da série em abril”, detalha.
“O indicador de confiança dos consumidores aumentou em outubro e o indicador de clima económico prolongou o perfil de recuperação observado desde maio, mas situando-se ainda abaixo dos níveis pré-pandemia”, acrescenta o gabinete de estatística.
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As empresas também estão mais confiantes. “Os indicadores de confiança aumentaram em todos os setores, indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços”, aponta o INE.
Os dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística apontam para algum abrandamento no consumo, medido pelos levantamento de dinheiro e compras através do terminais de multibanco. “O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco diminuiu 6,3% em outubro, em termos homólogos, após o decréscimo de 4,5% observado em setembro”, sublinha o INE.
Consumidores mais confiantes
De acordo com os dados do INE, as famílias portuguesas estão mais confiantes quanto à recuperação da economia portuguesa e sobre a situação financeira do agregado.
“O indicador de confiança dos consumidores aumentou em outubro, permanecendo num patamar relativamente próximo nos últimos quatro meses após a recuperação parcial observada em maio e junho, mas situando-se ainda significativamente abaixo dos níveis pré-pandemia”, nota o gabinete de estatística.
A explicar este comportamento está o “contributo positivo das perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do país e, em menor magnitude, das expectativas sobre a situação financeira do agregado familiar e das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar”, detalha o INE.
Mas as compras importantes parecem, de novo, adiadas para outra altura. “Em sentido contrário, as expectativas relativas à realização de compras importantes registaram um contributo negativo.”
Notícia atualizada às 11h28
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