//Regresso a um superávit? Só com o “esforço grande dos portugueses”

Regresso a um superávit? Só com o “esforço grande dos portugueses”

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Para o economista João Duque o regresso do país aos valores do superavit de 2019 dentro de dois anos, tal como prevê Mário Centeno, só será possível com “um esforço grande dos portugueses”. “Isto vai com certeza significar um esforço grande dos portugueses. Chamem-lhe o que quiserem. Superavit? OK, mas vai ser à custa de bastante controlo da despesa. Senão não vamos ter qualquer hipótese”, alerta.

Antes, é preciso amortizar a divida, lembra o ex presidente-do ISEG. “Esta crise apanha-nos com uma divida ainda muitíssima elevada. Quanto mais depressa conseguirmos chegar ao ponto de amortizarmos a dividia, que vai aumentar como consequência desta crise, melhor.”

Para o próximo trimestre, João Duque antecipa um “afundão” na economia com quebras que poderão, mesmo, chegar aos 20% do PIB. Ainda assim, considera realista o cenário do Ministro das Finanças para um final do ano com uma quebra no PIB que não chegue aos 10%. “Tenho a expectativa que vai ser um trimestre péssimo, mas, depois, que o terceiro e quarto trimestres não sejam tão maus. Portanto, se conseguirmos recuperar alguma coisa, tenho a expectativa que no final do ano não cheguemos a números tão drásticos como os de dois dígitos.”

Em declarações à TVI esta segunda feira, o Ministro das Finanças admitiu que Portugal poderá atingir, no segundo semestre, a maior quebra no PIB de que há memória. “O segundo trimestre vai ter uma quebra próximo de quatro ou cinco vezes o máximo que já vimos o PIB num trimestre cair em Portugal”, referiu o ministro, que, no entanto, rejeitou que a quebra anual possa chegar a dois dígitos.

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