A rendibilidade dos capitais próprios das empresas não financeiras privadas foi de 9,0% em 2017, mais 2,2 pontos percentuais do que em 2016, impulsionada pelas pequenas e médias empresas, divulgou esta terça-feira o Banco de Portugal (BdP).
De acordo com o BdP, no ano passado a rendibilidade das Pequenas e Médias Empresas (PME) aumentou 3,0 pontos percentuais, para 7,8%.
Em 2017, a autonomia financeira (capital próprio em percentagem do ativo) das empresas não financeiras privadas aumentou 1,0 ponto percentual para 33,2%.
Em simultâneo, o peso dos empréstimos no total do ativo reduziu-se 1,3 pontos percentuais, para 31,3%.
O custo da dívida (relação entre os juros suportados e os financiamentos obtidos) situou-se em 3,7%, o que corresponde a uma redução de 0,3 pontos percentuais.
“A redução do endividamento e do custo da dívida e o aumento da rendibilidade resultaram numa melhoria generalizada dos rácios de financiamento. Em particular, o rácio de cobertura de gastos de financiamento (EBITDA /gastos de financiamento) passou de 5,0 para 6,1”, refere a instituição.
Em termos de indicadores de risco, em 2017, segundo o BdP, verificou-se uma redução das percentagens de empresas com EBITDA negativo (-1,0 ponto percentual para 30,3%), com juros de financiamento superiores ao EBITDA (-1,1 pontos percentuais para 14,7%) e com resultados líquidos negativos (-1,3 pontos percentuais para 36,2%) e com capital próprio negativo (-0,4 pontos percentuais para 26,5%).
Por dimensão e setor de atividade, destacam-se as PME e o alojamento e restauração que, em geral, apresentaram maiores percentagens de empresas com aqueles indicadores de risco, nota o BdP.
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