//Rendimento Básico Incondicional é tema de série documental portuguesa

Rendimento Básico Incondicional é tema de série documental portuguesa

O Rendimento Básico Incondicional (RBI) é o tema central da primeira série documental realizada em Portugal sobre uma questão social, e que será apresentada no Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia a 26 de novembro, pelas 18 horas.

São 12 episódios, no total, nos quais mais de meia centena de entrevistados consagra a “necessidade crescente de projetar o RBI como solução para fugir a situações de pobreza e garantir a participação de qualquer indivíduo na sociedade, de forma digna”.

Carlos Moedas, Pedro Duarte, Roberto Merrill, Carla Guapo da Costa, Cristina Rodrigues, Rodrigo de Lapuerta ou Olivier de Schutter são algumas das personalidades entrevistadas e que defendem a importância de “garantir um rendimento básico distribuído de maneira incondicional, ou seja, livre de obrigações”, a todos os residentes em Portugal, que estejam legalizados no país. É entendimento dos entrevistados que esta é a forma de “criar condições sociais para a procura de emprego, melhoria da qualidade de vida e diminuição das desigualdades”.

Produzida por Francisco Guerreiro, eurodeputado do grupo Verdes/Aliança Livre Europeia, a série documental, intitulada ‘RBI: Um caminho de Liberdade’, foi realizada por Hugo de Almeida. Os primeiros episódios, dedicados a explicar o que é o rendimento básico incondicional, o efeito do desenvolvimento tecnológico sobre o emprego, a pobreza e as desigualdades sociais, estão já disponíveis online aqui. Lazer e cultura, educação, investigação e cidadania, igualdade de género, saúde preventiva, desenvolvimento do mundo rural, ecologia regenerativa são os temas de alguns dos outros episódios.

Há também um dedicado especificamente a explicar como é que o Rendimento Básico Incondicional. “Só os valores da evasão fiscal, corrupção, economia paralela e dinheiro desviado para paraísos fiscais asseguravam quase 50 mil milhões de euros que podiam ser aplicados nesta medida. Mas tudo começa por avaliarmos os reais custos económicos e sociais do atual paradigma e depois por gradualmente experimentar a implementação a nível local e regional antes de caminhar para uma solução nacional”, pode ler-se no site da iniciativa.

Além da série, o eurodeputado Francisco Guerreiro promoveu, também, um estudo sobre a aceitabilidade do conceito de RBI em Portugal. Realizado pela Marktest, foram entrevistadas cerca de 1500 pessoas, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, dos quais 76% “são a favor da implementação desta medida social e económica em Portugal”.