//Responsabilidades do Fundo de Pensões do Montepio aumentam 85,6 ME em seis meses

Responsabilidades do Fundo de Pensões do Montepio aumentam 85,6 ME em seis meses

As responsabilidades do Fundo de Pensões do Grupo Montepio aumentaram 85,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano, de acordo com o Relatório e Contas da instituição detida pela Associação Mutalista Montepio Geral.

Segundo os dados disponíveis no relatório e contas do Banco Montepio, as responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência totalizaram os 828,1 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2019, quando no final de 2018 chegavam aos 742,5 milhões.

De acordo com o banco, o aumento das responsabilidades foi devido ao “efeito associado à alteração do pressuposto atuarial da taxa de desconto que se traduziu num aumento das responsabilidades em 68,8 milhões de euros”, bem como aos “acréscimos resultantes do custo de juros e serviço corrente em 11,5 milhões de euros e pelos desvios atuariais negativos de 15,1 milhões de euros”.

A rubrica foi atenuada com o pagamento de pensões no valor de 11,2 milhões de euros.

O banco explica que devido à “apreciação efetuada sobre a adequação dos pressupostos atuariais, a taxa de desconto foi alterada para 1,60% em junho de 2019 (2,25% em 2018), tendo em consideração a evolução ocorrida nos principais índices de mercado relativamente a obrigações de elevada qualidade e com a ‘duration’ das responsabilidades do Fundo de Pensões”.

Em 2017, as responsabilidades com o Fundo de Pensões atingiram os 740,8 milhões de euros, e em 2016 totalizou os 712,0 milhões de euros.

O Banco Montepio teve lucros de 3,6 milhões de euros no primeiro semestre, quatro vezes menos do que os 15,8 milhões de euros dos primeiros seis meses de 2018, o que o banco atribui à “menor eficiência fiscal”, segundo divulgado em comunicado ao mercado em 20 de setembro.

De acordo com o banco, no comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), para a queda do resultado líquido em 77% contribuíram fatores como “menor contribuição do Finibanco Angola (-5,0 milhões de euros) e menor eficiência fiscal face à verificada no primeiro semestre de 2018 (+8,5 milhões de euros em impostos)”.

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