Partilhareste artigo
Os resultados líquidos das cotadas do PSI atingiram, no ano passado, 3,5 mil milhões de euros, um aumento de 46% face a 2020, e acima do valor registado antes da pandemia, segundo uma análise da BA&N.
Relacionados
“Tendo em conta o contexto menos negativo em termos de negócio, apoiado pela retoma da economia portuguesa (que cresceu 4,9% em 2021), os resultados líquidos das cotadas ascenderam a 3,5 mil milhões de euros, valor 46% superior ao alcançado um ano antes e que supera os valores apresentados no ano anterior à pandemia quando tinham sido registados lucros de 3,26 mil milhões”, lê-se, no documento.
O ano de 2021 foi “de recuperação”, de acordo com a análise, que indicou que “depois da forte quebra provocada pela pandemia do novo coronavírus, no último ano a economia voltou a crescer, com os negócios a regressarem a níveis pré-pandemia”.
Assim, “entre as grandes empresas portuguesas, presentes no principal índice do mercado acionista nacional, o PSI, as receitas deram a volta à crise, assim como os resultados operacionais e os lucros. Isto ao mesmo tempo que o endividamento evolui no sentido positivo, encolhendo em quase 2,5 mil milhões de euros”, destacou, na análise a BA&N ‘research unit’.
Subscrever newsletter
“Com o alívio das restrições implementadas para travar a propagação da covid-19, num contexto de crescente taxa de vacinação, as 14 empresas do PSI (excluindo o BCP) encerraram 2021 com receitas 64,65 mil milhões de euros”, referiu o mesmo documento, acrescentando que este valor “compara com os 57 mil milhões de euros apresentados pelas mesmas empresas no acumulado do ano anterior, assistindo-se a um crescimento global de 13,4%”.
De acordo com a análise da consultora, “o crescimento das receitas mais do que compensou o dos custos, isto num período em que muitas empresas foram já afetadas pela escalada dos preços, especialmente os da energia”.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) destas empresas, no ano passado, também aumentou, “ascendendo a 13 mil milhões de euros, 11% acima dos 11,7 mil milhões apresentados em 2020”.
Quanto à dívida líquida, reduziu-se no ano passado, sendo que “de mais de 28 mil milhões de euros em dívida registados no final de 2020, estas grandes empresas saldaram 2,45 mil milhões de euros, ou seja, quase 9% do valor total”.
A BA&N destacou que “esta evolução contrasta com a generalidade do setor empresarial não financeiro a nível nacional que em 2021 voltou a aumentar o seu endividamento”, citando dados do Banco de Portugal (BdP), que apontam que “o endividamento da economia como um todo cresceu em 16,9 mil milhões de euros, alcançando um recorde de 768 mil milhões de euros, com as sociedades privadas a darem o maior impulso”.
Por outro lado, “as 15 maiores empresas portuguesas apresentavam, no final de 2021, um total de 25,6 mil milhões de euros em dívida, sendo que parte desta já é “verde”, ou seja, é dívida emitida no cumprimento de critérios ambiental, social e de ‘governance'”.
Deixe um comentário