//Revive Internacional arranca com oito roças em São Tomé e já com Angola na mira

Revive Internacional arranca com oito roças em São Tomé e já com Angola na mira

Os primeiros passos do Revive Internacional estão dados. Foram escolhidas oito roças em São Tomé para integrar o programa que visa dar uma segunda vida a património cultural e histórico devoluto através da concessão dos imóveis a privados para o desenvolvimento de projetos turísticos. O governo está já a avaliar a possibilidade de levar o Revive para Angola.

“Foram feitas visitas técnicas e, no caso de São Tomé, identificadas oito roças para implementar o programa. Vamos começar com um projeto-piloto mas ainda não há investidores; o que vamos fazer é lançar concursos, à imagem do que fazemos em Portugal. A nossa expectativa é que este seja o primeiro de muitos projetos Revive a nível internacional, nomeadamente porque vai alargar-se a Angola e a Moçambique”, diz ao Dinheiro Vivo a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

“Neste momento, Angola está a fazer o trabalho de identificação de imóveis. Teremos uma visita técnica em conjunto” para perceber se há condições para ali lançar o projeto. A confirmar-se, há um conjunto de três países lusófonos comprometidos com o Revive. Mas o interesse externo não se fica por aqui. Marrocos identificou já “uma carteira de imóveis possíveis” para integrar este programa, que estão relacionados com a “presença de Portugal em Marrocos”.

O interesse de potenciais investidores pelo programa em Portugal é claro. O governo já recebeu mais de quatro centenas de manifestações de interesse – uma centena das quais de investidores estrangeiros. Os empresários nacionais que queiram apostar no Revive fora de portas podem também beneficiar das linhas de financiamento disponibilizadas pelo Turismo de Portugal para a recuperação deste património.

Requalificar na natureza

“Os empresários portugueses que estejam interessados em abrir o Revive em países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa contam com a linha de financiamento para o Revive. É um músculo financeiro que estamos a dar em termos de capacidade de promoção internacional do Revive”, garante Ana Mendes Godinho.

A aposta do governo na requalificação do património nacional não se fica apenas pelos monumentos em mau estado. Na agenda estão também espaços ligados à natureza, que possam ser reabilitados para fins ligados ao turismo e que permitam potenciar Portugal como destino de natureza. Os planos para a segunda fase deste programa, o Revive Natureza, deverão ser conhecidos até ao fim deste trimestre. Este braço do Revive vai procurar requalificar unidades mais pequenas, como antigas casas de guardas-florestais que já não estão a ser usadas nem são precisas.

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