Ricardo Salgado, recusou-se a prestar declarações no âmbito do inquérito ao caso das rendas excessivas da energia. O antigo presidente do BES esteve esta manhã no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, mas optou por manter o silêncio. De acordo com Procuradoria-Geral da República, “a diligência realizou-se. O arguido optou por não prestar declarações em relação aos factos que lhe foram imputados”.
Ricardo Salgado chegou ao DCIAP pelas 10:30 e saiu uma hora depois. À chegada, reafirmou a sua inocência neste caso e prometeu explicar todas as suspeitas relativas aos pagamentos feitos ao antigo ministro da Economia, Manuel Pinho “no devido momento”.
Em causa está o alegado favorecimento da EDP por parte do Governo nos contratos para venda de eletricidade. O antigo presidente do Banco Espírito Santo foi constituído arguido em abril deste ano, por suspeitas do crime de corrupção. Na altura, em comunicado, a defesa do ex-banqueiro disse que era “falsa e despropositada a tese agora fabricada pelo Ministério Público de que Ricardo Salgado teria participado num suposto ato de corrupção de Manuel Pinho, em benefício do GES e da EDP”.
À sua chegada ao DCIAP, Ricardo Salgado foi também questionado sobre a escolha do juiz Ivo Rosa para o processo de instrução da Operação Marquês, onde é acusado de vários crimes, mas preferiu não comentar a decisão. “Acredito na Justiça e em quem esteja a representar a Justiça a todo o momento”, declarou, acrescentando estar certo daquilo que fez e daquilo que não fez.
Deixe um comentário