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O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta quarta-feira que Moscovo está preparado para retomar o fornecimento de gás à Europa e atribuiu as fugas nos gasodutos Nordstream a “atos de terrorismo” promovidos pelos EUA.
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Durante um fórum de energia, em Moscovo, Putin acusou os Estados Unidos de serem responsáveis por “atos terroristas internacionais” por detrás das explosões que provocaram fugas nos gasodutos Nordstream 1 e 2.
O líder russo disse que esses incidentes beneficiam os Estados Unidos, a Polónia e a Ucrânia, justificando assim as causas das explosões.
“Os beneficiários são claros (…) Porque [estes incidentes] reforçam a importância geopolítica dos sistemas de gás, nomeadamente aqueles que passam pelo território da Polónia (…) e da Ucrânia, e que a Rússia construiu por conta própria. Mas também são importantes para os Estados Unidos, que agora podem distribuir a sua energia a preços elevados”, explicou Putin, durante o fórum de energia.
Os EUA já tinham rejeitado alegações semelhantes vindas de Putin e vários governos europeus disseram que as explosões submarinas que atingiram os dois gasodutos Nord Stream provavelmente foram causadas por atos sabotagem, desconhecendo os seus autores.
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Hoje, Putin reafirmou que o ataque aos oleodutos foi lançado por aqueles que querem enfraquecer a Europa, interrompendo o fluxo de gás barato da Rússia.
“Aqueles que querem romper os laços entre a Rússia e a União Europeia estão por detrás dos atos de sabotagem no Nord Stream”, denunciou o Presidente russo.
Putin disse que um dos dois tubos de distribuição do Nord Stream 2 permanece pressurizado e parece estar pronto para voltar a ser usado, acrescentando que a sua capacidade é de 27 mil milhões de metros cúbicos por ano e que a Rússia está preparada para o tornar ativo.
O líder russo também disse que a Rússia pode aumentar a capacidade das suas exportações de gás para a Turquia e, eventualmente, transformar-se num centro de abastecimento de gás para a Europa.
Putin voltou a criticar os planos dos países ocidentais de limitar os preços das exportações russas de energia, prometendo que Moscovo “não agirá contra o bom senso”.
“Não forneceremos energia para os países que limitem os preços. (…) Gostaria de avisar aqueles que, em vez de parcerias comerciais e mecanismos de mercado, tentam usar truques e chantagens”, avisou o líder russo.
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