//Saída do Reino Unido da UE não provocou o êxodo dos empregos da City

Saída do Reino Unido da UE não provocou o êxodo dos empregos da City

Contrariamente às expetativas perante a saída do Reino Unido da União Europeia, consumada no início deste ano, grande parte dos gestores de ativos e bancos internacionais mantiveram, e aumentaram mesmo, os postos de trabalho do centro financeiro de Londres, revela um estudo publicado neste sábado pelo Financial Times.

O jornal britânico reuniu a informação sobre a evolução dos quadros de pessoal da City nos últimos cinco anos, junto de 24 dos maiores bancos internacionais e gestoras de ativos.

Conclui que 12 bancos internacionais com sede em Londres até cortaram seis mil postos de trabalho, ficando com 65 mil trabalhadores, mas a descida surge relacionada com processos de restruturação levados a cabo no Deutsche Bank, Credit Suisse e Nomura.

Por outro lado, nove gestoras de ativo reforçaram quadros desde 2016, ano do referendo que conduziu ao Brexit, somando agora mais 10 mil trabalhadores. Entre estas, a Vanguard, PIMCO, T. Rowe Price e Amundi. Já BlackRock, Fidelity e Capital não divulgaram quaisquer números ao jornal britânico.

Na banca internacional, o JP Morgan manteve os números estáveis. Goldman Sachs, BNP Paribas e UBS estão entre as instituições que reforçaram pessoal no Reino Unido.

O impacto muito moderado do Brexit na força de trabalho do sector financeiro mantida na City aconteceu frente a previsões de um êxodo que implicaria um corte de 16% no pessoal colocado em Londres, segundo o Financial Times.