O saldo da Segurança Social afundou até maio em mais de mil milhões de euros face aos valores acumulados por esta altura há um ano, mostram os dados de execução orçamental publicados esta sexta-feira.
Com o forte aumento das despesas associado à pandemia, a Segurança Social mantinha ainda excedente nas contas do último mês, mas com o saldo acumulado a não ir além dos 634,9 milhões de euros – muito abaixo dos 1824,4 milhões de euros acumulados no balanço no mesmo período de 2019.
Em maio, as despesas da Segurança Social registavam um crescimento de 12,4%, atingindo os 11,2 mil milhões. A despesa associada à covid-19 estava em 596,9 milhões de euros.
Em nota de imprensa, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social destaca também o crescimento da despesa com pensões e complementos em 255,6 milhões de euros (mais 4,2%). A despesa com prestações de desemprego também sobe já em 68,2 milhões de euros (mais 13,2% que há um ano). Os gastos com subsídios de doença também estão entre os que mais subiram, com um crescimento da despesa em 45,9 milhões de euros (mais 17,7%).
Já do lado das receitas, os valores de contribuições e quotizações estão estagnados num momento em que o lay-off simplificado mantém ainda a isenção total de taxa social única para as empresas abrangidas. Até maio, a Segurança Social encaixou 7154,2 milhões de euros, apenas 0,1% acima do valor do ano passado.
Já as transferências do Orçamento para a Segurança Social estão 2,2% abaixo do nível de 2019, nos 3418,4 milhões, apesar de estar estipulado que será este ainda a financiar medidas como o lay-off simplificado.
O nível de receitas especiais votadas ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social – provenientes de Adicional ao IMI e IRC – está também praticamente a zeros. Este ano, até maio, os cofres da Praça de Londres só receberam 2,7 milhões de euros por conta de transferências de AIMI.
Ainda assim, as receitas sobem ainda 0,4% na execução do orçamento da Segurança Social até maio, para os 11838,7 milhões de euros. Em parte, resultado do aumento em 31,8% das transferências do Fundo Social Europeu, para um total de 598,2 milhões até aqui.
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