O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pretende aplicar uma taxa de 100% sobre o imobiliário comprado por não residentes na União Europeia, como forma de combater a crise imobiliária que se verifica (também) no país vizinho.
E em Portugal? Aplicar no nosso país uma medida semelhante à que Pedro Sanchez quer aplicar em Espanha “significaria a rutura completa no mercado imobiliário”, diz à Renascença o presidente da Associação Nacional de Proprietários.
“Não é exequível”, assegura António Frias Marques. “Em Portugal não temos capacidade para tal porque há um determinado tipo de casas em Portugal, nomeadamente aquelas que se construíram nos últimos anos, que são especificamente destinadas a esse mercado de brasileiros, norte-americanos, asiáticos, ingleses, etc”, explica. Tomar tal medida em Portugal significaria, por isso “a rutura completa no mercado imobiliário”. “Nós não podemos apoiar uma medida dessas no nosso país porque o nosso país, sabemos, vive fundamentalmente da entrada de divisas de pessoas provenientes do exterior”, remata.
O chefe do governo de Madrid pretende duplicar – taxar até 100% – o valor das propriedades adquiridas por cidadãos extracomunitários que não vivam na Europa. Ou seja, para comprar uma casa de 300 mil euros, um cidadão que seja, por exemplo, norte-americano poderia ter que desembolsar 600 mil. Uma medida de combate à crise imobiliária que, assegura António Frias Marques, seria impossível de aplicar em Portugal.
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