
Os lucros da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) dispararam mais de 1100%, em 2024, para 30,3 milhões de euros. Este resultado líquido compara com os 2,5 milhões de euros registados no ano anterior.
Estes são os melhores resultados da organização sem fins lucrativos, prestadora de apoios sociais e responsável por lotarias e apostas, desde o período pré-pandemia.
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Destaque ainda para os 22,6 milhões de euros destinados a investimento, o património ficou com 7,4 milhões de euros para obras de reabilitação. Foram ainda destinados 4,4 milhões para a atividade e um milhão de euros para jogo responsável.
No último ano, a Santa Casa contou ainda com 4,8 milhões de euros em receitas de capital, sobretudo devido aos desinvestimentos em participações não estratégicas, como a clínica CUF de Belém.
A despesa corrente aumentou 1,12%, para 253,8 milhões. A maior fatia foi com os gastos com o pessoal (161 milhões), uma subida residual segundo o provedor da Santa Casa, Paulo Sousa, que é uma “opção de gestão claramente assumida”, “remunerar melhor quem aqui trabalha”.
Paulo Sousa defende ainda que, para a SCML, 2024 foi “o melhor ano, em termos financeiros, dos últimos cinco”. “Nos últimos quatro anos, se não fosse a ajuda da Segurança Social, teria acumulado 130 milhões de prejuízos”, defende Paulo Sousa.
Um dos principais objetivos do plano de reestruturação da Santa Casa é apresentar em 2027 um saldo de gerência de 100 milhões de euros. Segundo o administrador com o pelouro do Empreendedorismo e Economia Social, no primeiro trimestre este saldo já estava nos 81 milhões de euros.
Jogos entregaram valor recorde
Nos jogos sociais, 2024 foi o segundo melhor ano em vendas brutas, com um volume de 3.142,9 milhões de euros, que rendeu ao Estado 895,7 milhões.
Os prémios pagos atingiram mesmo um máximo histórico, foram entregues 2.073,2 milhões de euros a apostadores e 247,9 milhões a mediadores.
No primeiro ano completo em comercialização, o EuroDreams registou 106 milhões em vendas. Já na lotaria nacional as vendas caíram 3,1% face ao ano anterior, para 78 milhões. O Placard caiu 10%, para 425 milhões em vendas.
A raspadinha cresceu apenas 0,6%, para 1.848 milhões, mas representa mais de metade das receitas dos jogos sociais.
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