“Em Portugal não me consta que vá haver um processo de negociação com os sindicatos [por uma reestrturação que leve a uma redução de pessoal]”, porque “os tamanhos relativos [das duas entidades] são muito diferentes”, disse José António Alvarez na conferência de imprensa em que apresentou os resultados do grupo Santander dos primeiros nove meses do ano.
Para o banqueiro, em Portugal o tamanho do Santander em relação ao Banco Popular era de “seis ou sete para um”, o que faz com que o processo seja “muito menos intenso e extenso” do que em Espanha, onde as duas entidades são “mais equiparáveis”.
A “diferença” de tamanho em Portugal “acomoda-se dentro do negócio normal do banco”, disse José António Alvarez, acrescentando que o processo em Espanha “requer umas medidas que são maiores em tamanho e é necessário negociar com os sindicatos”.
Segundo o comunicado dos sindicatos espanhóis em dezembro do ano passado, a reorganização dos serviços centrais do Banco Santander e do Banco Popular vai afetar cerca de 1.100 pessoas através de pré-reformas, na grande maioria dos casos, sendo uma parte das saídas previstas voluntárias.
O Banco Popular foi totalmente integrado na estrutura do Santander Portugal no fim de semana de 13 e 14 de outubro último, enquanto em Espanha o processo vai ser iniciado em novembro próximo e durar “vários meses”.
O grupo Santander anunciou esta manhã um lucro de 5.742 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano passado, com os resultados em Portugal a contribuírem com 364 milhões.
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