//Santander reduz lucros em 13% para 118,9 milhões no 1º trimestre

Santander reduz lucros em 13% para 118,9 milhões no 1º trimestre

O Santander Portugal teve um resultado de 118,9 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, menos 13,4% face ao mesmo período do ano passado, segundo anunciou esta quinta-feira o presidente do banco Pedro Castro e Almeida, admitindo que foi um período já com um impacto ligeiro da pandemia da covid-19. No período homólogo, o banco tinha lucrado 137,3 milhões de euros.

Pedro Castro e Almeida, sublinhou que os resultados dos primeiros três meses “mostram, por um lado, a resiliência da conta de exploração, mas por outro lado, ficam marcados pela prudência que se vai manter ao longo de todo o ano” devido à crise provocada pela covid-19. Pedro Castro e Almeida garante que “liquidez e solvabilidade mantiveram-se robustas” e que houve até “um novo crescimento da base de clientes. Depósitos e crédito a evoluíram favoravelmente”.

Quanto a moratórias, o Santander recebeu pedidos de 80 mil clientes em empréstimos no valor total de 9 mil milhões de euros, o que representa 23% de todo o crédito a particulares e 40% do crédito a empresas. “A injeção de liquidez às famílias e empresas representa mil milhões de euros” no imediato uma vez que é esse o valor que os clientes com empréstimos com moratórias (particulares e empresas) teriam de pagar em capital e juros até setembro, prazo para terminar as atuais moratórias.

O presidente do banco admitiu ainda que o período de moratórias possa ser estendido por mais seis meses, com uma reavaliação para março de 2021.

Sobre as linhas de crédito protocoladas devido à pandemia, o banco aprovou já “um total de 1,6 mil milhões de euros, dos quais 950 já estão também aprovados pelas sociedade de garantia mútua. Na próxima semana estarão 250 milhões em formalização.”

Manuel Preto, CFO do banco referiu que foi um trimestre a funcionar quase normalmente, com a última quinzena de março a ser mais afetada pela travagem da economia. Adiantou ainda que o banco colocou 30 milhões de euros em provisões. “As melhorias no negócio foram praticamente anuladas pelas provisões”, afirmou. As provisões têm em conta o impacto que o banco espera que a pandemia tenha na economia e na qualidade do crédito.

No primeiro trimestre o banco registou ainda um produto bancário praticamente inalterado (-0,2%) nos 354,5 milhões; a margem financeira caiu 6,4%, para os 202 milhões de euros; os custos operacionais ficaram nos 147 milhões de euros, menos 3,7% que no período homólogo; já o rácio de NPE ficou em 3,25%, tinha sido de 3,99% no período homólogo.

O banco confirmou ainda que cancelou este ano o pagamento de dividendos relativos a 2019 ao acionista, o banco Santander espanhol. O presidente do banco referiu que que em causa estavam 410 milhões de euros, que permitirão reforçar “a capacidade de concessão de crédito”. “Os bancos fazem parte da solução e não do problema e têm obrigação de apoiar a economia”, afirmou.

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