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Na informação que enviou hoje à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, em Madrid, o grupo Santander explica que o “benefício ordinário atribuível” da filial portuguesa caiu 36% em relação ao ano anterior, devido ao impacto da crise provocada pela pandemia nas receitas e provisões, o que foi apenas “parcialmente compensado” por custos mais baixos.
O dono do Santander Totta assegura que “reforçou” a sua posição de liderança no mercado português, sendo o maior banco em empréstimos e adiantamentos a clientes na atividade doméstica, com quotas de produção de 18% em empréstimos a empresas e 25% em hipotecas.
As receitas totais do banco português diminuíram 6%, devido ao impacto da pandemia na margem (taxas de juro mais baixas) e comissões (volumes mais baixos e a suspensão de comissões sobre pagamentos eletrónicos e sobre os créditos de moratórias).
As despesas de funcionamento diminuíram 5%, graças ao processo de transformação em curso, o que faz com que o rácio de eficiência seja cerca de 46%.
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Houve um aumento das dotações, devido à criação de provisões para os possíveis impactos futuros da pandemia de covid-19, que fizeram com que o custo do crédito subisse para 0,51%.
Por outro lado, o rácio de crédito malparado caiu para 3,89%.
O grupo espanhol revelou ainda que fechou 2020 com um prejuízo global de 8.771 milhões de euros, que contrasta com o lucro de 6.515 milhões de euros em 2019.
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Na informação que enviou ao mercado, o Santander sublinha que o resultado foi alcançado depois de aumentar as provisões para enfrentar a crise de covid-19 e encaixar uma diminuição de 12.173 milhões no valor das suas filiais no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Polónia.
Segundo o grupo bancária, excluindo estes ajustamentos contabilísticos, o “benefício ordinário” foi de 5.081 milhões em 2020, menos 38% do que no ano anterior, em linha com o objetivo fixado em outubro pela presidente do grupo, Ana Botín.
A solvência, medida pelo rácio de capital de qualidade máxima CET1, subiu para 12,34%, acima do intervalo alvo de 11-12%.
Os mercados do banco na Europa contribuíram com 37% para o lucro ordinário em 2020, enquanto que a América do Sul contribuiu com 42% e a América do Norte com 21%.
Na Europa, o benefício ordinário foi de 2.656 milhões de euros, menos 45% do que em 2019, devido a provisões feitas para enfrentar a pandemia mais elevadas do que o previsto inicialmente e ao ambiente económico difícil.
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