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A intervenção que o banco central angolano tem em curso no antigo BES Angola irá afetar o Novo Banco e pode limitar a recuperação do dinheiro mobilizado pelo Fundo de Resolução, admitiu ao Expresso o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, apontando como necessária uma solução “adequada e justa”. Um esforço que o MNE estará a prosseguir por via diplomática.
Segundo escreve o Expresso nesta semana, em resposta às questões enviadas pelo semanário, “estão a ser considerados (esforços) pelas vias diplomáticas apropriadas”.
Em causa está o plano de reestruturação e reforço de capital que o Banco de Angola pediu à administração do agora Banco Económico e que foi conseguido, segundo o Expresso, parcialmente com a reestruturação da dívida que o ex-BESA tem ao Novo Banco, de 300 milhões de euros.
Sublinhando ser matéria da competência do Banco de Angola, Santos Silva adiantou ao Expresso que na parte que respeita a Portugal, “a questão é diretamente acompanhada pelo Novo Banco e pelo Fundo de Resolução, com o apoio do Banco de Portugal, no quadro dos contratos em vigor”.
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O Novo Banco reconheceu praticamente todas as perdas sobre o crédito ao Banco Económico, limitando a 10% o que ainda poderá receber dessa dívida, tendo acordado com o Fundo de Resolução que qualquer recuperação extra caberia ao Fundo. Uma possibilidade que perde força com a reestruturação em curso no ex-BESA, explica ainda o semanário.
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