Não terá existido uma conferência no palco central da Web Summit, esta terça-feira, primeiro dia a tempo inteiro, que não tenha falado em inteligência artificial. Talvez a conversa entre os opositores de Putin e Maduro tenha escapado a esse tema. Mas quase todas as outras, de forma mais ou menos aprofundada, passaram pelo “hot topic” do momento.
E a preconizar-se o testemunho de Linda Yao, vice-presidente da Lenovo, ainda a procissão vai no adro.
“As pessoas vão ficar impressionadas com a hiperpersonalização que a AI pode trazer. Se todos pensam que a inteligência já vos conhece agora, esperem pelo que aí vem”, disse.
Inteligência artificial foi também o motivo da comunicação feita pelo presidente da Microsoft, Brad Smith, presença habitual da Web Summit.
Smith considerou que o mundo já assistiu a três revoluções industriais, primeiro com o vapor, depois com a eletricidade e, mais tarde, com os computadores.
Brad Smith entende que a inteligência artificial será o motor de uma nova revolução industrial que, no entanto, terá que ter preocupações diferentes.
“Temos de reconhecer que precisamos de fazer algo nesta revolução industrial com que as pessoas não precisavam de se preocupar antes. Temos de construir uma revolução industrial que é sensível às necessidades do planeta”, disse Brad Smith.
O homem forte da Microsoft reconhece que “não nos podemos dar ao luxo de construir ‘data centers’ e consumir eletricidade sem pensar no que significa para as comunidades locais, para os países e para o Planeta Terra”, apelou.
Mas voltando à inteligência artificial, também passaram pelo palco histórias de grandes empresas que antecipam outras aplicações recorrendo a IA.
O presidente da Alibaba, gigante chinesa, plataforma de vendas entre empresas, veio apresentar uma espécie de Chat GPT para negócios.
Fazem-se perguntas em linguagem natural e, em segundos, a plataforma, chamada Accio, reúne oferta e ideias.
Outra presença foi o presidente executivo da Qualcomm, uma das empresas mais importantes de produção de chips, veio ao Palco Central mostrar como a “AI” e a capacidade de falar em linguagem natural vai mudar a forma como as aplicações são desenhadas.
Ou tarefas que atualmente obrigam a usar três ou quatro aplicações, podem no futuro ser muito mais simples. Simplesmente falamos com o telemóvel e “ele” (o telefone) trata do assunto.
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