//Se precisa de sapatos é melhor aproveitar os saldos. Preços deverão subir 11% em 2023

Se precisa de sapatos é melhor aproveitar os saldos. Preços deverão subir 11% em 2023

O preço do calçado deverá registar uma subida de cerca de 11% nos próximos seis meses, revela o último inquérito da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado – APICCAPS, divulgado esta sexta-feira.

Os empresários esperam ainda uma quebra de 1% nas vendas e a Europa será o mercado mais afetado.

Os dados são do Business Conditions Survey, um inquérito realizado duas vezes por ano pela Associação, junto de especialistas de mais de 40 países no âmbito do World Footwear, para avaliar as macro tendências do setor.

Os europeus são os mais pessimistas, com 45% dos inquiridos a apontarem para quebras de consumo moderadas e 57% a admitirem fortes quebras.

Segundo este trabalho, no próximo semestre as principais dificuldades na fileira do calçado à escala internacional estarão diretamente associadas ao aumento das matérias-primas ou das mercadorias (81%), a procura insuficiente no mercado interno (42%) e nos mercados internacionais (41%), o recrutamento de profissionais (38%) e dificuldades financeiras (26%).

O emprego deverá estabilizar (58% dos inquiridos), apenas 26% estimam um recuo dos postos de trabalho.

Do ponto de vista comercial, praticamente metades dos especialistas (49%) acreditam que os canais de retalho digital vão aumentar o peso nas vendas, nos próximos três anos. Já o retalho multimarca poderá continuar a sentir grandes dificuldades.

A nível do produto, é expectável que as sapatilhas (sneakers) continuem a ganhar peso no mercado global, passando de uma quota atual de 19% para 21,1% do total em 2050.

Destaque ainda para a sustentabilidade: os empresários acreditam que os consumidores procuram produtos amigos do ambiente, mas 60% diz que não estarão dispostos a pagar mais por isso.

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