A economia vai ter um “reforço significativo” no Orçamento do Estado para 2025. A garantia foi dada esta segunda-feira pelo secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, na conferência “A Reindustrialização de Portugal”, promovida pela Renascença com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
João Rui Ferreira anunciou um reforço de “bem mais de dois mil milhões de euros no seu orçamento”, o que, do seu ponto de vista, demonstra “claramente” o “compromisso em colocar a economia a crescer ao lado das empresas”, que “é onde verdadeiramente se cria valor”.
Este reforço será direcionado, garante, “a áreas de tração de investimentos estruturais”, mas também servirá para “dotar os organismos e todas as entidades do ecossistema da economia com recursos, sistemas de informação e ferramentas necessárias” para acelerar “a execução do PRR” (Plano de Recuperação e Resiliência) e o “sistema de incentivos” estatais, com vista a melhorar a “proximidade às empresas” e “reforçar mecanismos de apoio e financiamento à capitalização” do tecido empresarial.
Numa das primeiras intervenções de uma manhã onde a palavra-chave é “reindustrialização”, João Rui Ferreira aponta-a como “o tema decisivo para o futuro da economia portuguesa” e elemento agregador de várias políticas: para o secretário de Estado da Economia, tudo contribui para que seja possivel uma política de industrialização mais coesa, especialmente “num momento em que a Europa procura definir o seu lugar no xadrez económico mundial”.
“Não há aqui pistas próprias ou sentidos desligados”, diz João Rui Ferreira, para quem a “política de reindustrialização não se faz apenas no Ministério da Economia”. O ministério onde trabalha serve, admite, como “elemento agregador” mas áreas como “as infraestruturas, a educação, o ambiente, a cultura”, são igualmente importantes neste processo. “Tudo vai contribuir para termos uma política industrial e de reindustrialização do país mais forte e mais coesa”, assevera, ao dizer que “a indústria perdeu peso no PIB” e que “temos de recentrar essa lógica”.
“O Governo está empenhado em inverter essas tendências”, adianta, defendendo que “os desafios são imensos, mas as oportunidades que nos colocam são maiores”.
“A reindustrialização é um desafio de que não vamos abdicar”, assegura, terminando a declarar: “Este é um momento de execução”.
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