//Secretário de Estado da Energia admite que corte no consumo do gás na UE poderá ter impacto nas empresas

Secretário de Estado da Energia admite que corte no consumo do gás na UE poderá ter impacto nas empresas

O Governo admite que as restrições de consumo de gás podem ter impacto na indústria. Apesar de Portugal ter conseguido uma exceção em Bruxelas, ainda poderá ter de cortar até 7% do consumo. Para evitar impactos negativos, a estratégia é gerar eletricidade através de mais energia renovável.

Em entrevista à RTP3, o secretário de Estado da Energia, Joao Galamba, afastou o regresso das centrais a carvão e avançou que estão a ser desenvolvidos esforços para minimizar o impacto junto das indústrias.

“Apesar da minimização significativa dos impactos que uma medida destas podia ter na proposta original, obviamente que existe sempre um risco, um risco de impactos sobre a indústria”, admite João Galamba, garantindo que o Governo está a trabalhar para minimizar ou eliminar esse risco.

O secretario de Estado Galamba afastou, no entanto, o regresso das centrais a carvão, defendendo uma aposta nas energias renováveis.

Neste contexto, o governante refere que “pôr em funcionamento vários projetos de renováveis até outubro terá um impacto no consumo de gás”, justificando que tal “vai aliviar o setor elétrico da necessidade de consumir tanto gás como hoje está a acontecer”.

“A expectativa que temos é que poderão entrar mais 300 a 400 megawatts até outubro de solar”, destaca.

Portugal é exceção. O país não terá de cumprir os 15% de corte no consumo de gás natural.

A medida consta do plano de emergência energética que foi aprovado esta terça-feira, em Bruxelas, para preparar o inverno e para responder a um cenário de corte total no abastecimento de gás russo.

O ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, revelou, no fim do Conselho de Energia, que “Portugal vai ter uma aplicação parcial” do novo acordo poupança de gás na União Europeia e não um corte de 15%.

Portugal foi considerado um país com fracas interligações energéticas ao resto da Europa e, por isso, poderá “ver a sua meta reduzida em oito pontos percentuais”, esclareceu o ministro responsável pela pasta da energia.

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