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A economia portuguesa terá tido o melhor comportamento desde o início da pandemia, prevê a Universidade Católica na folha trimestral de conjuntura divulgada esta quarta-feira, 7 de julho.
“Tudo indica que o nível de atividade da economia portuguesa terá sido, no 2º trimestre, o maior desde o início da pandemia e das políticas de confinamento introduzidas em março de 2020″, refere a nota do Forecasting Lab, apontando para um crescimento de 5% em cadeia e de 15,5% em termos homólogos. Contudo, os economistas da Católica lembram que “os dois trimestres base para este cálculo foram aqueles em que os confinamentos foram mais severos”.
De acordo com os cálculos, “a economia portuguesa deverá estar a operar a cerca de 95.5% do nível do 4º trimestre de 2019, o último sem efeitos da pandemia e dos confinamentos, pelo que o período findo terá sido o melhor trimestre pós-covid em termos de atividade económica”, lê-se na nota.
O Forecasting Lab reconhece a “grande incerteza”, apontando, “no cenário central, para um crescimento em 2021 de 3,5%, uma revisão de +2.5 pontos percentuais (pp) que colocaria a economia portuguesa a operar a cerca de 95.7% do nível de 2019”, refere. Uma “revisão em forte alta” explicada por dois fatores: “a queda amortecida do 1º trimestre” e “o ressalto estimado para o 2º trimestre.”
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Dado o elevado grau de incerteza, “o crescimento este ano poderá vir a oscilar entre 2% e 5% em função da intensidade das limitações à atividade económica e da dimensão do apoio orçamental às empresas e famílias.”
Para os próximos dois anos, a Católica acredita que, apesar da incerteza, “é agora mais provável que se atinja em 2022 um nível de atividade económica semelhante ao de 2019”, mas está dependente “da ausência de medidas de confinamento e normalização da fileira do turismo”, avisa.
“Para 2022, o cenário central mantém um crescimento de 4,5% que refletirá, ainda, um efeito base assinalável devido ao primeiro trimestre deste ano. E no caso de 2023, o cenário central é agora de um crescimento de apenas 2% tendo em conta que a recuperação dos patamares pré-crise já no próximo ano e um previsível regresso a medidas de consolidação orçamental como forma de reduzir a dívida pública para níveis sustentáveis a partir desse ano”, aponta.
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