A Autoridade de Supervisão dos Fundos e Pensões (ASF) está preocupada com a exposição das seguradoras e fundos de pensões à dívida pública. No último relatório de “Análise de riscos do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões”, o regulador recomenda as instituições a diversificarem os investimentos e a reforçarem os rácios de capital, mas, segundo o Jornal de Negócios, tem sido ignorada.
“O conjunto das cinco principais exposições concentrava, no final de 2018, 44,5% e 30,6% ativos das empresas de seguros e do património dos fundos de pensões, respetivamente, o que introduz uma maior vulnerabilidade a um evento de reavaliação expressiva dos prémios de risco”, nota a AFS.
O regulador recomenda que os operadores do setor “ponderem criteriosamente as estratégias de investimento, com ênfase na diversificação das exposições e na identificação e gestão dos fatores de risco subjacentes, bem como assegurem a manutenção de buffers de capital adicionais, superiores aos mínimos exigidos, aptos a acomodar potenciais perdas financeiras”.
O caminho feito pelas seguradoras tem sido o oposto, já que estas, apesar de ter registado uma ligeira subida na aposta nestes produtos, têm aumentado também o investimento em dívida soberana.
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