
Um barómetro divulgado esta sexta-feira, em vésperas da semana do investidor, revela que 61% dos portugueses não investe as suas poupanças.
Destes, 37% não investe porque chegam ao final do mês sem dinheiro na carteira e os restantes (27%) fazem-no por opção, conclui o estudo do Doutor Finanças, desenvolvido em parceria com o Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa.
À Renascença, o Chief Education Officer do Doutor Finanças, Sérgio Cardoso, explica que existe um grande número de pessoas que “não têm conhecimento suficiente para o fazer, o que não é totalmente errado, porque não devemos investir em produtos que não conhecemos”, mas há também uma percentagem considerável que deixa o seu dinheiro “parado” por falta de confiança.
“Existe um receio muito grande de perder dinheiro e isso faz com que acabem por não aplicar o seu dinheiro e prefiram poupar, por exemplo, em depósitos em contas à ordem, que não têm qualquer tipo de remuneração”, aponta.
Sérgio Cardoso salienta que “não podemos viver sem investir” e, por isso, “as pessoas devem procurar uma solução, seja ou procurar uma forma de obter rendimentos superiores, que é mais difícil, ou então procurarem ajustar o seu nível de vida, de modo a que consiga sobrar algum valor ou alguma poupança no fim do mês para que possam aplicar em investimentos”.
O especialista salienta que, uma vez que diferentes pessoas têm diferentes necessidades, “não existem produtos financeiros perfeitos”, devendo a prioridade dos investidores recair, em primeiro lugar, sob a “diversificação na escolha dos seus ativos”.
Cardoso alerta ainda os portugueses para que “procurarem sempre que possível a ajuda de um profissional que lhe consiga muitas vezes ajudar a compreender a informação”, para evitar “que as coisas corram mal”.
“Aquilo que acontece com muitos portugueses é que perderem dinheiro, não percebem o porquê, depois perdem a confiança nos investimentos e nunca mais regressam a esse comportamento de investir”, remata.
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