//Setembro quente na banca com despedimentos e mais protestos

Setembro quente na banca com despedimentos e mais protestos

Ainda não há decisões tomadas, mas os trabalhadores da banca e os sindicatos estão prontos para aumentar a pressão sobre as instituições que têm em curso processos de saída de colaboradores. “Prevê-se que seja um final de verão muito quente para os bancários”, garante Mário Mourão, presidente do SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal. “É possível que os sindicatos acabem por radicalizar as suas ações. Se os bancos insistirem no despedimento coletivo, não está excluída uma greve no setor”, adiantou.

Por trás da contestação está um dos maiores movimentos de despedimentos na banca de que há memória. Só no segundo semestre deste ano poderão sair do setor até dois mil trabalhadores, dos quais quase 1600 do Millennium bcp e do Santander.

Nos últimos dias, a situação nos dois grandes bancos com os maiores processos de redução de quadros evoluiu. Terminados os prazos de resposta dos trabalhadores a propostas de saída apresentadas pelo Santander e pelo BCP, há já alguma clareza sobre o que se segue em cada uma das instituições. No caso do Santander, o banco anunciou que vai dar início ao despedimento de 350 bancários que recusaram propostas para sair. No BCP ainda não há dados oficiais, mas, segundo apurou o Dinheiro Vivo/DN, cerca de 300 terão recusado as propostas.

O BCP já tinha colocado a hipótese de avançar para um despedimento coletivo dos trabalhadores que rejeitassem sair no âmbito do plano de reestruturação.