A Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera que o setor está “melhor preparado” para enfrentar as adversidades associadas à crise da covid-19, especialmente “no apoio às famílias e empresas”.
“A evolução positiva registada no último ano permite que o setor bancário nacional esteja melhor preparado para fazer face às adversidades do momento atual, nomeadamente, no que diz respeito ao apoio à economia e às famílias”, pode ler-se numa nota às redações que acompanha a divulgação da Síntese de Indicadores do Setor Bancário de 2019.
De acordo com esse documento, o crédito malparado na banca atingiu os 17,2 mil milhões de euros em 2019, menos 8,7 mil milhões do que os 25,9 mil milhões de 2018, levando o rácio de malparado para 6,1%, segundo a APB.
“O Rácio de NPL [crédito malparado] diminuiu para os 6,1%, uma redução de 8,7 mil milhões de euros face a 2018, situando-se o valor bruto deste ativos em 17,2 mil milhões de euros. Desde o máximo atingido em junho de 2016, os empréstimos ‘non-performing’ [NPL] já registaram uma redução de cerca de 33,3 mil milhões de euros”, pode ler-se na nota enviada hoje pela APB às redações.
A associação destaca ainda o rácio de malparado líquido de imparidades que, “face ao máximo histórico de dezembro de 2015, […] diminuiu para 3%”.
Do total de crédito malparado, de acordo com a síntese da APB, 2,4% dos empréstimos são relativos a habitação, 8,2% a consumo e outros, e 12,3% a sociedades não financeiras (empresas).
No total, o ativo dos bancos totalizou 392,2 mil milhões de euros, um crescimento de 1,9% face a 2018, e os depósitos de clientes aumentaram 4%, para 268,3 mil milhões de euros.
Em termos de rácios de capital, o ‘Common Equity Tier 1’ (CET1) – estabelece um nível mínimo de capital que as instituições devem ter em função dos requisitos de fundos próprios decorrentes dos riscos associados à sua atividade – aumentou de 13,2% para 14,1%, e o de solvabilidade total subiu de 15,1% em 2018 para 16,7% em 2019.
A margem financeira desacelerou o seu crescimento, já que passou de um crescimento de 3,2% em 2018 para 2,9% em 2019, totalizando os 6.487 milhões de euros.
De acordo com a APB, registou-se ainda uma diminuição de 0,5% no número de trabalhadores na banca, passando de 46.652 para 46.440 entre 2018 e 2019.
O número de balcões desceu 2,4% entre 2018 e 2019, passando de 4.128 para 4.029.
Deixe um comentário