Os trabalhadores da CGD cumprem, esta sexta-feira, um dia de greve contra aumentos salariais de 3,25% que os sindicatos consideram “irrisórios” face ao custo de vida e lucros do banco público que terão superado os 1.000 milhões de euros em 2023.
A greve foi inicialmente convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), depois de o banco público ter revisto a sua proposta de atualização salarial ligeiramente, de 3% para 3,25%, considerando então o STEC (que pedia 5,9% com um mínimo de 110 euros) que se tratam aumentos “irrisórios e absurdos”.
Em comunicado, o STEC recordou que se fala muito da necessidade de aumentar salários em Portugal, mas que a “administração do banco público, que é tutelado pelo Ministério das Finanças, tem de dar o exemplo até porque os lucros históricos” o permitem, ao mesmo tempo que o banco se manteria sólido e poderia devolver dinheiro aos contribuintes.
O STEC diz que a greve servirá para exigir aumentos salariais dignos, medidas para contratar mais funcionários e combater a degradação das condições de trabalho e uma CGD “pública, forte e sólida, ao serviço do país e das populações”.
À convocação de greve juntaram posteriormente os sindicatos dos bancários ligados à UGT (Mais Sindicato, SBN e SBC). Também o Sintaf, ligado à CGTP, apelou à paralisação.
A acompanhar a greve haverá uma concentração de trabalhadores frente à sede da CGD, em Lisboa, às 12:00.
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