//Sindicato exige apoio à família para trabalhadores de call-center

Sindicato exige apoio à família para trabalhadores de call-center

O Sindicato dos Trabalhadores de Call-Center (CTCC) exigiu esta sexta-feira que o apoio à família se aplique aos pais em teletrabalho, com 100% do rendimento, e alertou que é “impossível” fazer aquele tipo de trabalho com crianças em casa.

“A nossa principal reivindicação para já, nesse sentido, é exatamente que o apoio aos pais com filhos menores de 12 anos seja estendido, efetivamente, também a pessoas em teletrabalho, independentemente do setor, ou aos cônjuges, caso não tenham funções compatíveis com o teletrabalho”, afirmou o dirigente sindical José Abrantes, em conferência de imprensa, em Lisboa.

“Obviamente, estamos a pensar mais em famílias monoparentais, que nem sequer foram tidas em conta neste caso, e, portanto, essas devem ser e têm de ser, logicamente, tidas logo em conta, e também a justiça de, pelo menos o cônjuge, quando exista, poder ter esse apoio, nem que seja a 66% , embora nós achemos também por mera justiça que os 100% é que seria o justo e o correto”, acrescentou.

O sindicato considera que, “se para qualquer trabalhador é extremamente difícil” estar em teletrabalho com filhos pequenos em casa, para quem faz atendimento telefónico “torna-se impossível”.

Neste sentido, o STCC pretende enviar uma carta aberta ao primeiro-ministro, António Costa, e à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a exigir uma resposta às suas reivindicações.

“Se este pedido não surtir o efeito de sensibilizar quem tem o poder de legislar, outras ações poderão vir, muito em breve, por todos os meios possíveis”, assegurou o dirigente sindical.