//Sindicato faz balanço positivo da greve nos call centers e pede intervenção do governo

Sindicato faz balanço positivo da greve nos call centers e pede intervenção do governo

“Correu dentro das nossas expectativas. Queríamos responsabilizar o Governo pela falta de regulamentação da nossa profissão, mas [esta greve] também foi um grito de alerta para, sobretudo em tempos da pandemia, a importância do nosso setor”, afirmou Danilo Moreira do STCC, em declarações à Lusa.

Segundo este dirigente sindical, não é possível apurar números de adesão à greve, uma vez que este setor é composto por mais de 110.000 trabalhadores, muitos deles, neste momento, em regime de teletrabalho, e 420 ‘call centers’ (centros de atendimento).

No entanto, a estrutura sindical adiantou que “houve uma redução no número de trabalhadores nos serviços”, com muitos associados do STCC a aderirem ao protesto.

Os trabalhadores dos ‘call centers’ regressam à greve entre 31 de dezembro e 01 de janeiro, reivindicando o reconhecimento da profissão, aumento dos salários e o fim da precariedade, bem como a promoção da contratação coletiva.

Danilo Moreira lamentou também a situação vivida nas empresas de trabalho temporário, que considerou “inadmissível”, referindo que, até em “grande parte dos serviços públicos” muitos colaboradores são contratados através de empresas de trabalho temporário.

O sindicalista vincou que, “nos próximos dias”, o STCC vai tentar chegar ao contacto com o Governo para tentar solucionar os problemas do setor.